Hugo Ramos, um Bitcoiner maximalista português perdeu 4 bitcoins, equivalentes a R$ 825 mil, devido a um bug em um plugin da Lightning Network (LN). Contudo, ao invés de solidaridade, o bitcoiner recebeu risadas da comunidade. Essa quantia representava todas as suas economias, acumuladas desde que se mudou para El Salvador em 2022.
Nesse sentido, o maximalista é polêmico em seu Twitter. Especialmente durante o atual conflito entre Israel e Hamas, defendendo o grupo terrorista da Palestina. Além disso, seus comentários antisemitas circundam o Twitter como forma de asco do restante da comunidade. O Bitcoiner inclusive estava convidado a participar do Satsconference de 2023, mas foi expulso após suas declarações.
O investidor, apelidado de “Gordão Palestina”, em um texto publicado, detalhou suas tentativas de recuperar os fundos, incluindo conversas com empresas pelas quais seus bitcoins passaram após o roubo. Ele planeja entrar em contato com autoridades para localizar os hackers responsáveis.
O bug ocorreu em um plugin da LNbank, uma solução de segunda camada do Bitcoin que oferece pagamentos instantâneos com taxas quase nulas. O investidor, operava um node da LN e, inadvertidamente, instalou a extensão vulnerável da LNbank. Ele percebeu o roubo ao acordar no dia 6 de dezembro, quando a maior parte do saldo de seu node de LN já havia sido drenada.
Comentários antissemitas
Ramos já utilizou a narrativa do libelo de sangue em suas redes, para apoiar seus pontos. O libelo de sangue é uma narrativa antisemita impulsionada por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, que matou mais de 6 milhões de judeus além de ciganos e homossexuais.
A narrativa do libelo de sangue, uma acusação falsa de que judeus usam sangue de não-judeus em rituais religiosos, tem sido historicamente usada para alimentar crenças e violências antisemitas.
Essa calúnia infundada, parte da propaganda antisemita por séculos, frequentemente serviu para justificar perseguições e pogroms contra comunidades judaicas. Ela também se associa a teorias conspiratórias mais amplas de dominação judaica global. Desse modo, retratando falsamente que os judeus fazem esses rituais para obter o controle desproporcional sobre assuntos globais. Exatamente como fez Ramos, apenas um dia após o Hamas entrar em Israel e estuprar e assassinar mais de 1.400 civis.
Ramos investigou o log de transações e descobriu que algumas delas tinham como destino a corretora checa Anycoin e a carteira Bitlifi. No entanto, não obteve ajuda desses serviços para congelar os fundos. Ele criticou a falta de cooperação, questionando a eficácia do KYC (Conheça Seu Cliente) nesses casos.
Dois dias após o incidente, Dennis Reimann, desenvolvedor da LNbank, alertou sobre uma “vulnerabilidade crítica” no plugin. Ramos respondeu ao aviso, expressando frustração pela perda de suas economias e pela falta de apoio do desenvolvedor.
“Agora pede para o Hamas”
Ramos iniciou uma vaquinha para tentar recuperar os 4 bitcoins, mas até o momento, havia recebido apenas 0,1 BTC (R$ 20.300) em uma única transação. Ele também planeja entrar em contato com as polícias da República Tcheca, Moldávia e Romênia, onde a Bitlifi e a Anycoin estão localizadas. Agora, os comentários são como “pede para o Hamas”.
Ademais, nos comentários, algumas pessoas mostraram apoio ao investidor, enquanto outras criticaram sua decisão de deixar todas as economias em um ambiente considerado experimental.
Um investidor comentou que a responsabilidade era inteiramente de Ramos e aconselhou-o a se reerguer e parar de culpar os outros. Fiatjav, criador do Nostr e também vítima de roubos por bugs de software, expressou empatia, mas ressaltou que bugs são inevitáveis e que os desenvolvedores não podem se sentir responsáveis por cada satoshi perdido.
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