O Brasil e a União Europeia acabaram excluídos pelo Google do lançamento da sua inteligência artificial, o Bard. Lançado com o objetivo de ser a resposta da gigante de buscas ao ChatGPT, ainda está em fase de testes.
Conforme reportado aqui no BlockTrends há pouco menos de um mês, o lançamento gerou críticas dos próprios funcionários do Google. Segundo alguns comentários vazados, funcionários chegaram a pedir que a nova IA não fosse lançada. Em discussões internas, funcionários chegaram a descrever o Bard como “pior do que inútil”.
Ainda assim, o Google acabou optando pelo lançamento. O motivo seria a pressão de investidores para que a ferramenta reagisse aos avanços da concorrência.
Com gigantes como Amazon e Apple avançando em suas receitas de publicidade, investidores temem que o Google perca vantagens competitivas também na sua área de buscadores.
Entre novembro de 2021 e abril de 2023, o Google viu seu valor de mercado cair de US$1,98 trilhão para US$1,41 trilhão.
Brasil de fora dos testes do Bard
Em princípio, o Google não deu qualquer justificativa para o Brasil ficar de fora do lançamento. Uma análise mais aprofundada, porém, aponta que a legislação pode ser o maior entrave.
Em março, a Itália tornou-se o primeiro país a suspender mecanismos de inteligência artificial. O país alegou que o ChatGPT estaria violando a GDPR. A legislação europeia é considerada como uma das mais rígidas do mundo na área.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a legislação brasileira na área, possui forte inspiração europeia.
Em suma, a Inteligência Artificial do Google busca se utilizar dos inputs, os dados fornecidos pelos usuários, para se aprimorar.
Com as restrições sobre uso de dados, a ferramenta acaba perdendo sua capacidade de aprendizado ao não poder utilizar os dados de busca e interação de usuários no Brasil.
Google a legislação brasileira
Recentemente a gigante de tecnologia envolveu-se em uma polêmica ao publicar um documento no qual questionava a proposta de legislação brasileira. O PL2630, conhecido como PL das Fake News, busca alterar a legislação brasileira atual e criar restrições, além de regrar a maneira como plataformas se comportam. Segundo o Google, o PL pode acabar tornando a internet brasileira mais rígida.
Em um dos pontos mais sensíveis, o PL obrigaria o Google a remunerar companhias de mídia por exibir matérias e reportagens em seu mecanismo de busca.
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