A fusão entre UBS e o Credit Suisse foi selada neste último final de semana, com uma pressão por parte dos reguladores suíços que buscavam uma solução para o cambaleante CS, um gigante com US$730 bilhões em ativos que há cerca de uma década vinha apresentando resultados frágeis.
Em meio às negociações, o SNB, o Banco Central da Suíça, garantiu um pacote de US$50 bilhões para dar liquidez ao Credit, que sofre com resgates desde 2022.
Uma decisão até então inédita, porém, foi adotada para garantir a fusão do CS junto a um UBS relutante. O SNB decidiu marcar a zero entre US$17 e US$20 bilhões nos chamados “CoCos”.
Os “CoCos”, ou Contingent Convertible Bonds, são instrumentos híbridos de dívida emitidos por bancos, com possibilidade de serem convertidos em equity em meio a casos de incerteza sobre o banco.
A ideia de que estes títulos possuem um elevado risco não chega a ser novidade, fazendo parte da própria natureza dos “CoCos”, motivo pelo qual costumam pagar um retorno maior.
A decisão do SNB, porém, garantiu que os atuais acionistas do banco saíssem com US$3 bilhões em dinheiro, marcando a zero os investidores que assumiram riscos ao financiar o aumento de capital do banco.
Com essa decisão, o custo destes instrumentos tende a ficar maior, apontando para uma dificuldade de bancos de captarem recursos como forma de segurança para evitar eventos considerados de risco.
O colapso do Credit Suisse, que começou após uma declaração do Saudi National Bank, dono de 9,9% do capital do banco e o responsável por injetar US$4 bilhões em 2022, garantiu que não iria aportar mais recursos, por questões regulatórias.
Na sexta, as ações do Credit caíram 30% com as declarações, levando o banco a valer US$7 bilhões, ou 1/10 do seu valor de mercado em 2008. Agora, o UBS topou pagar US$3 bilhões pela aquisição, levando ao fim de uma instituição com 160 anos de história.
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