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Investimentos

Ações do Manchester United saltam 102% em 6 meses, mesmo sem CR7

Listado em bolsa desde 2012, o Manchester United deve mudar de mãos em breve.

O Manchester United volta a campo hoje (28), contra o Nottingham Forest pela Premier League em seu primeiro jogo após a saída do astro Cristiano Ronaldo.

Ronaldo, que está de saída para o Al-Nassr da Arábia Saudita, onde se estima deva ganhar por volta de R$1,1 bilhão por temporada como salário, esteve no Manchester em duas ocasiões. Em sua segunda passagem, porém, o resultado acabou sendo pouco expressivo.

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Perder uma estrela com tamanho potencial poderia significar um prejuízo enorme para um time como o Manchester, mas este evento não parece ter abalado os investidores do clube, que desde agosto de 2012 tem suas ações cotadas na New York Stock Exchange.

O clube, que foi avaliado em cerca de US$2,3 bilhões em seu IPO, vale hoje US$3,07 bilhões na bolsa. O resultado modesto em uma década, porém, esconde uma valorização relevante nos últimos meses, de 104%. 

O motivo, porém, passa longe de algum resultado dentro de campo. A família Glazer, que pagou US$1,5 bilhão pelo clube em 2005, decidiu colocá-lo a venda.

Os valores partem de US$4,6 bilhões, mas estima-se que possam chegar a US$7,2 bilhões, o que faria do Manchester a maior transação da história do futebol.

O clube, que atualmente é o 19o mais valioso do planeta, não seria o primeiro a ser vendido no ano, com a invasão da Ucrânia pela Rússia acelerando a decisão de Roman Abramovich de se desfazer do Chelsea, que acabou sendo vendido por US$5,4 bilhões.

O novo dono do Manchester ainda não está definido, mas os potenciais compradores são os suspeitos de sempre: fundos soberanos de países árabes. 

A exemplo da QIA, a Qatar Investiment Authority, dona do PSG de Messia, Mbappé e Neymar, e do fundo soberano de Abu Dhabi, dono do Manchester City, um novo fundo soberano, como o fundo de Dubai, poderia assumir o “Manu”. 

O ICD, International Corporation of Dubai, possui hoje ativos de US$305 bilhões. 

O bilionário inglês Jim Ratcliffe, com uma fortuna estimada em US$13 bilhões, também é um potencial comprador. Jim, um engenheiro químico CEO da Ineos, chegou a se encontrar com a família Glazer, mas até onde se sabe, não realizou ofertas. Ele também foi um dos que fizeram ofertas pelo Chelsea, que acabou sendo vendido para o americano Todd Boehly.

Outros inúmeros nomes também foram especulados, como o de David Beckham, além da Apple e Facebook. Sobre estes, porém, há pouca materialidade e muita fantasia. Enquanto isso, as ações do United saíram de US$11,38 para US$22,98.

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