Desde que inaugurou a estratégia de alocar parte do caixa de sua empresa, MicroStrategy, em Bitcoin, o CEO Michael Saylor tem surpreendido o mercado.
A maior surpresa entretanto não se deve a postura, considerada agressiva por muitos, que levou a empresa a adquirir mais de 70 mil bitcoins por um valor próximo de $1,4 bilhão de dólares, mas especialmente pela aceitação do mercado, e dos sócios da empresa, em relação a postura.
Enquanto gestores brasileiros discutem se devemos falar ou não do Ibovespa em dólar (e lembrar que neste momento ele está quase 50% abaixo do pico em 2008), ou ainda, comemoram ganhos em CDI (mesmo após o IPCA de bater 4,52% contra 2% da Selic), os principais investidores da empresa aprovaram uma mudança radical no balanço.
Se por aqui a desvalorização do câmbio possui admiradores que comemoram a alta das commodities e defendem o aumento de exportações, por lá, a grande preocupação de Saylor, e outros investidores, é com a perda de poder de compra do dólar.
Desde 1933 por exemplo, o dólar perdeu 93% do seu poder de compra (número similar ao Real desde 1994). Em nenhum momento entretanto, tantos dólares foram impressos e colocados no mercado.
A lógica, claro, é de que um aumento na oferta do dólar diminua seu poder de compra.
Ainda que estes dados não se reflitam necessariamente em itens básicos como alimentos ou energia, eles acabam se refletindo em relação ao poder de compra da moeda em diversos ativos.
Em suma, a tese da MicroStrategy é de que diversos ativos devem ganhar valor em relação a uma moeda que está sendo impressa de maneira desenfreada.
Dentre estes ativos está o Bitcoin, cujo algoritmo prevê uma escassez inviolável.
Para os Ruffer Investment, a tese é boa o suficiente para alocar R$4 bilhões em bitcoin.
Há pouco mais de 6 meses a Ruffer, sócia da MicroStrategy, deu sinal verde pra sua investida fazer o mesmo.
Não apenas a Ruffer, como o Citron Fund, a gigante Renaissance Tech e o próprio Morgan Stanley deram aval.
Agora, no final de 2020 pelo que especula-se, o Morgan Stanley elevou sua participação na empresa para 11% do capital.
Indiretamente, o sexto maior banco americano com R$5,3 trilhões em ativos (algo como Itaú, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil somados), passou a deter R$1,7 bilhão em Bitcoin.
Assim como o JP Morgan e seus analistas, o Morgan Stanley publicou há cerca de 3 anos uma projeção de que “talvez” o valor real para o Bitcoin fosse $0.
Como comentamos aqui, hoje a previsão do JP Morgan é de um valor de R$800 mil por unidade da cripto.
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