Em meio a tensão que assola o mercado global com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o petróleo tipo brent, produto do qual a Rússia é o segundo maior exportador do mundo, chegou atingir a marca de $139 dólares, sua cotação mais alta desde 2008.
As diversas sanções impostas sobre o mercado russo comprometeram o petróleo produzido pelas empresas do país, e fizeram com que gigantes americanas como a Shell, abandonassem a prática de comprar o petróleo produzido no país comandado por Putin.
Ao todo em 2021, os EUA importaram cerca de 700 mil barris de petróleo por dia da Rússia para abastecer seu consumo interno, e com o fim da possibilidade de importar petróleo Russo, o governo americano passou a olhar para uma velha conhecida, a Venezuela.
Dona da maior reserva de petróleo do mundo (cerca de 300 bilhões de barris), a Venezuela viu seu potencial econômico ruir como consequência da má administração interna nos últimos anos.
O início do ciclo de baixa do petróleo em 2014 levou a estatal responsável pela exploração e produção do petróleo no país, a PDVSA, a diminuir o seu faturamento e a expor a extrema dependência do governo venezuelano sobre o produto.
A vertiginosa queda da economia venezuelana condenou seus cidadãos à hiperinflação em uma derrocada econômica jamais antes vista com a ausência de conflitos militares.
A economia fragilizada impõe um importante obstáculo para a missão dos EUA de suprir sua demanda de combustíveis fósseis, a produção venezuelana.
A PDVSA se tornou uma empresa sucateada com a crise, que produz uma fração ínfima do que produzia na década de 90 quando compunha o pódio entre as maiores produtoras de petróleo do mundo.
A refinaria Amuay, considerada como o maior complexo de refino do mundo, processou cerca de 168 mil barris de petróleo por dia em 2021, número que corresponde a 28% do produzido em 1998, quando o complexo atingiu seu recorde de produção de 600 mil barris por dia.
Em números brutos, a produção venezuelana de petróleo caiu 80% quando comparada a 1998, colocando em cheque a gasolina dos próprios venezuelanos, que em diversas ocasiões viram postos sem abastecimento, levando Maduro a até mesmo importar combustíveis.
Segundo apontam especialistas, a questão envolve um direcionamento de recursos que deveriam ir para investimentos, e que foram sacados pelo governo para bancar gastos, além da corrupção interna da P
Segundo a reportagem do The Wall Street Journal desta semana, o governo Biden segue com negociações com o governo de Maduro, que envolvem, principalmente, a retirada das sanções econômicas impostas por Trump em 2019, mas as autoridades americanas não são nada otimistas sobre a capacidade do país em ajudar a aumentar a oferta de petróleo disponível no mercado global.
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