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Blockchain

Escassez de desenvolvedor blockchain é empecilho para o Real Digital, diz TecBan

“É necessário ter profissional qualificado, com conhecimento em solidity”, afirma.

O Banco Central divulgou recentemente uma lista, contendo as instituições participantes do projeto piloto do Real Digital. Cada uma das 16 listadas, atualmente colabora diretamente com o desenvolvimento de tecnologias para a nova economia tokenizada. Durante evento da Febraban Tech 2023, o BlockTrends conversou com Luiz Fernando Lopes, gerente de plataformas digitais na Tecban, uma das atuantes no piloto do Real Digital.

Devido ao fato da TecBan ser uma empresa de tecnologia, Lopes diz olhar o Real Digital como uma tecnologia de pagamento, e não um meio de pagamento. Nessa questão, ele aprofunda que, a tecnologia, principalmente por ser nova, tem uma questão importante a ser levantada: a educação e profissionalização de programadores blockchain.

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“É necessário ter profissional qualificado, com conhecimento em solidity, que é específico para Hyperledger, a blockchain definida pelo Banco Central como a rede de Blockchain nos testes. Isso é uma dificuldade”, diz.

Lopes afirma que, atualmente, ainda existe uma falta de profissional capacitado em desenvolvimento de blockchain. “Mesmo assim, quando a empresa encontra um profissional qualificado, está concorrendo com empresas de fora. As empresas vem pagando em dólar e euro, e você precisa subir a remuneração”.

Real Digital precisa ter UX/UI

Um outro ponto levantado por Lopes, é a questão de possuir um produto com uma interação amigável ao usuário final, ou user friendly. “Estamos mudando de uma estrutura de Web2 para Web3. Então, os bancos, principalmente, nas suas áreas de negócio, vão ter que desenhar jornadas mais próximas possíveis ao que a população conhece do mercado atual, para ela poder usar de uma forma simples e fácil”, comenta.

Lopes comenta que acredita em um cenário onde as instituições adotem diferentes modelos de negócios com a tokenização. “Hoje, o modelo que o Banco Central está implementando é para fomentar novos modelos de negócio”, diz o gerente na TecBan.

Entre os citados, o gerente aponta a utilização de contratos inteligentes na compra de automóveis, e até imóveis. Nesse sentido, a programabilidade de um real tokenizado poderia eliminar a desconfiança entre as partes. “Vamos ver muita coisa, que não estamos nem vislumbrando ainda”, complementa.

Todavia, Lopes também ressalta a importância de um bom ambiente regulatório envolvendo todos estes novos modelos de negócios. “A tecnologia está ali. Ela permite eu fazer ‘N’ modelos de negócios, inclusive desintermediar cartório. Mas se o cenário regulatório não evoluir junto, nada adianta. O cliente vai registrar em um blockchain, em um contrato inteligente, mas vai ter que continuar indo no cartório.”

Regulação é a base

Ainda assim, entre os benefícios trazidos com o Real Digital, Lopes comenta sobre a redução de custos nas operações do mercado financeiro, de crédito, e compra e venda do varejo. A redução se dá pelo fato do token ser 100% digital, e com isso cortar necessidade de intermediários em certas ocasiões.

Ao ser questionado, se os bancos passariam o barateamento ao cliente final, ou se usariam para aumentar suas margens de lucro mantendo o preço das operações, Lopes diz depender do modelo de negócios de cada um deles.

“Não sou banco, sou empresa de tecnologia. Mas a tecnologia diminui, o próprio piloto mostra isso. É fato que a tecnologia vai facilitar muito, só de tirar intermediário é redução de custo na veia”, explica.

Na questão do mercado de crédito, o gerente na TecBan diz acreditar que o Real Digital diminuiria de forma significante o risco de crédito em uma operação como debêntures. Nesse sentido, ele volta a dizer que a parte regulatória precisa estar caminhando ao lado também.

É no Real Digital ou no PIX?

Sobre a possibilidade do Real Digital diminuir o fluxo de pessoas usarem dinheiro fiduciário, ele diz acreditar que são momentos e jornadas diferentes do usuário final. “O Pix não diminuiu o uso do dinheiro, a gente [nos caixas 24 horas da TecBan] não viu esse movimento, pelo contrário teve até aumento, principalmente com a questão da pandemia”, exemplificou.

Lopes afirma que o Real Digital está vindo para preencher uma lacuna que não existe hoje, que é da moeda programável, da tecnologia por trás. Contudo, ambas são formas de pagamento, e dependem do que é o melhor para o usuário naquele momento.

“Então, se naquela jornada o PIX é o meio mais fácil, ele vai usar o Pix, se for o papel moeda ou Fiat, ele vai usar o Fiat. Então, acho que são complementares, não são um substitui o outro”, diz.

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