Os ataques do presidente da República ao presidente do Banco Central têm ganhado força na medida em que o baixo crescimento contratado para este ano se torna evidente.
Segundo a XP, a última casa a soltar previsões atualizadas, o PIB brasileiro deve crescer 0,9% em 2023, contra 3,1% em 2022.
A alta no custo do dinheiro (os juros), estão entre as principais razões.
Desde agosto de 2022, a Selic encontra-se em 13,75%. Naquele mesmo mês, a inflação acumulada em 12 meses bateu 8,76%, o que equivale a juros reais em torno de 5%.
Na prática, o mercado já aguardava uma queda na taxa de juros para meados em junho de 2023, com o pior da inflação global tendo passado e o mundo rumando para uma recessão.
Considerado o primeiro país do mundo dentre as maiores economias a subir os juros, o Brasil possuía perspectiva de corte de juros neste ano, com o mercado estimando a Selic em 11% em janeiro de 2024.
Desde novembro, porém, a piora no cenário fiscal tem feito o mercado criar expectativas menos otimistas, com os juros para janeiro de 2024 permanecendo iguais aos atuais.
A PEC da transição e aumentos de gastos públicos, bem como a piora do resultado fiscal para este ano, pressionam os juros.
Sem novas perspectivas de queda, a taxa de juros real tem crescido, na medida em que a inflação cai mas os juros nominais permanecem elevados.
Em dezembro de 2022, a taxa de juros no país encerrou o ano em 8,16%. O número é superior ao período da crise de 2016, quando os juros bateram 14,5% nominais e 6,91% reais, mas menores apenas do que em 2006, quando atingiram 10,99%, com uma Selic ee 14,13% e inflação em 3,14%.
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