Uma alta no preço do gás natural, de US$45 para 350 por megawatt-hora foi o cenário visto como consequência da invasão da Rússia pela Ucrânia.
Países como Alemanha, fortemente dependentes da importação de gás russo, bem como outros países da União europeia, viram a conta de energia consumir boa parte da renda das famílias, levando a desvalorização do poder de compra e uma expectativa por recessão econômica.
Um ano depois, porém, a situação é bastante distinta. O gás natural retornou ao preço de antes da guerra, com os países europeus encontrando novos fornecedores.
Outros fatores como a expectativa de um inverno mais ameno na Europa também colaboraram para que a commodity encontra-se a mínima em 18 meses.
Henning Gloystein, da Eurasia consultoria, pontua que a queda de preços aponta uma boa gestão europeia para lidar com a crise, representando um baque no esforço de guerra de Putin.
Neste momento, a Rússia continua a ter de financiar seu esforço de guerra com recursos menores do que possuía antes da guerra. O gás natural e o petróleo do país têm sido vendidos com desconto aos poucos países que ainda aceitam negociar com a Rússia.
Apesar de os preços nas bolsas de commodity estarem caindo, é provável que o preço demore para cair junto ao consumidor final. O motivo está no hedge feito pelas distribuidoras para evitar a volatilidade.
Para o Brasil, o caso representa um alívio, na medida em que o petróleo tende a se aproximar dos US$80 por barril, significando menores reajustes, ou mesmo cortes no preço da gasolina e diesel, como vistos no início desta semana.
Para o governo brasileiro, porém, o caso pode significar menos recursos de dividendos da estatal, que tenderão a ser compensados por alta de impostos.
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