Uma declaração do laboratório nacional de Idaho, ligado ao departamento de energia, reativou um projeto digno de livros de ficção científica: um reator nuclear em solo lunar.
De acordo com o INL, a ideia é lançar uma chamada valida até o próximo ano, para captar ideias de como enviar um reator de 4 por 6m em um foguete, e instalá-lo em solo lunar.
De acordo com o laboratório, o maior dos Estados Unidos em questões envolvendo energia nuclear, “prover uma fonte de energia confiável na lua é um passo fundamental para permitir missões ao satélite natural da Terra nas próximas décadas”.
A fissão nuclear foi escolhida por se adaptar aos desafios climáticos e outras intempéries presentes na superficie da Lua. A energia solar, por exemplo, estaria descartada por justamente não se adaptar ao ambiente.
Na prática, o novo reator nuclear é um passo importante também na busca pela exploração de Marte.
Jim Reuter, diretor-assistente da agência comenta ainda que a instalação do reator nuclear pode avançar pesquisas sobre o uso da tecnologia na própria Terra.
Os planos para o reator devem ser enviados utilizando como base o urânio, e produzindo ao menos 40Kw de energia sustentável por um período mínimo de 10 anos. Adicionalmente, o reator deve ter um peso menor que 6 toneladas.
A NASA já desenvolveu projetos similares, como o reator Kilopower, alimentado por um cilindro de Urânio do tamanho de um rolo de papel toalha.
O laboratório, ligado ao departamento de energia do governo americano, tem trabalhado com a NASA em diversos projetos recentes, incluindo o rover “Perseverance”, que estuda a superfície de Marte.
Projetos junto a empresas privadas, como SpaceX e Blue Origin, que estão “reavivando a corrida espacial”, também estão na lista dos realizados ao longo dos últimos anos.
A aposta do Instituto, porém, está no desenvolvimento de reatores modulares, também em parceria com empresas privadas.
Os “mini-reatores” nucleares, são uma inovação para reduzir o tempo de construção e aumentar a geração de energia a base de Urânio, uma aposta crucial para reduzir emissões de carbono e atingir metas firmadas para evitar mudanças climáticas.
A “corrida do urânio”, ganhou um novo empurrão com o anúncio da China de que irá entregar um novo reator nuclear a cada 36 dias nos próximos 15 anos, totalizando 150 novos reatores, mais do que o triplo existente na China hoje, e mais do que o total construído no mundo nos últimos 35 anos.
As propostas devem ser enviadas até 19 de janeiro de 2022.
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