O ano de 2023 começou positivo para o mercado acionário, com perspectivas de que a inflação americana enfim esteja convergindo para a meta, o que ajudaria os juros.
Este cenário tem levado a altas de preço de empresas de tecnologia, ou ao menos estabilidade após um ano em que o principal indicador da Nasdaq, a bolsa de tecnologia dos EUA, apresentou queda de 19%.
Ainda assim, o mundo real não é o mercado financeiro, ou ainda não, afinal, o mercado é caracterizado por antecipar altos e baixos da economia.
Se em 2022 o mercado caiu na expectativa de uma recessão em 2023, agora que 2023 chegou, ele volta a subir com a expectativa do fim da recessão (que ainda nem chegou).
No mundo real, a Microsoft engrossou a fila das gigantes de tecnologia que anunciaram, ou devem anunciar, pesadas demissões.
A empresa deve anunciar ainda neste mês que irá demitir 10 mil funcionários, um número bastante acima do 1% de 2022 (hoje os 10 mil equivalem a 7% da força de trabalho da empresa).
As demissões ocorrem com expectativas de receitas e lucros maiores em um cenário de recessão, mas também por pressão de investidores instigados pela atuação de Elon Musk no Twitter, que reduziu em 50% o total de funcionários da rede social.
Em dezembro, a TCI, um hedge fund que possui US$6 bilhões em ações da Alphabet, dona do Google, enviou uma carta ao CEO da companhia alegando que a empresa possui “funcionários demais”. A Alphabet tem 150 mil funcionários.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, comentou em entrevista recente que não acredita que a empresa esteja imune a uma desaceleração da economia global, além de acreditar que os próximos anos serão desafiadores.
Entre 2016 e 2021, a Microsoft foi uma das empresas de tecnologia que dobrou seu número de funcionários, expandindo-se de maneira acelerada em meio a pandemia. Algo que deverá ser revisto agora.
$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com