O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (4) que a maior transferência de moeda por meio do PIX, o sistema de pagamentos instantâneo, foi de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. A informação foi divulgada no relatório de gestão do PIX.
O documento traz uma análise sobre os primeiros anos de funcionamento, entre 2020 e 2022, e visa oferecer previsões sobre novas funcionalidades que poderão ser incorporadas no futuro.
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Contudo, o Banco Central não forneceu detalhes sobre a transação, apenas informou que aconteceu em dezembro de 2022. Naquele mês, segundo a autarquia, o valor médio das operações via PIX entre pessoas físicas foi de R$ 257.
PIX vs Bitcoin
Vale destacar que, por mais impressionante que seja o recorde do PIX, o Bitcoin possibilita uma transferência entre valores de maneira global, e de montantes muito superiores.
Desse modo, uma das maiores transações da história do Bitcoin, ocorreu em 2019, envolvendo 94.504 bitcoins. Com base no valor da criptomoeda na época, que era de cerca de US$ 10,6 mil por bitcoin, essa transação equivale a aproximadamente US$ 1 bilhão.
Vale ressaltar que, diferente do PIX, a transação é verificável, bem como a informação. Isso porque foi registrada no blockchain do bitcoin, como todas as outras transações envolvendo a criptomoeda. Nesse sentido, a rede pública já realizou transferências que, quando comparadas ao do PIX, transformam o recorde em algo “irrelevante”.
No entanto, os endereços associados à transação permanecem anônimos por padrão. Isso significa que, embora seja possível verificar que a transação ocorreu, a identidade do remetente, do destinatário e o motivo da transação são desconhecidos.
Uma análise da Token Analyst sugere que pelo menos um terço do montante transferido tinha origem na Huobi Global, uma corretora de criptomoedas sediada em Cingapura.
Embora essa tenha sido uma das maiores transações em termos de quantidade de bitcoins, não foi a maior. Em 2011, por exemplo, um usuário transferiu 550.000 bitcoins. No entanto, naquela época, essa transação valia apenas US$ 1,5 milhões. Hoje em dia, o valor seria de US$ 14,17 bilhões, ou cerca de R$70 bilhões.
Recorde do PIX é quatro vezes menor que do Bitcoin
Em termos quantitativos, a maior transação registrada pelo PIX alcançou um valor de R$ 1,2 bilhão em dezembro de 2022. Convertendo esse valor para dólares americanos, com base em uma taxa de câmbio hipotética de R$ 5 por dólar, essa transação seria equivalente a aproximadamente US$ 240 milhões.
Por outro lado, uma das maiores transações de Bitcoin já registradas envolveu a movimentação de 94.504 bitcoins. Na época dessa transação, o valor de um bitcoin estava em torno de US$ 10,6 mil, ou seja, US$ 1 bilhão. No entanto, vale reforçar, que hoje esse montante equivaleria a US$ 2,43 bilhões.
Ao comparar os valores absolutos na época, a transação histórica de Bitcoin supera o recorde do PIX em cerca de US$ 760 milhões. Nesse sentido, enquanto a maior transação do PIX atingiu um valor equivalente a US$ 240 milhões, a transação de Bitcoin em questão quase quadruplicou esse valor, chegando a US$ 1 bilhão.
Os valores transacionados na rede do Bitcoin são bastante relevantes. Contudo, a rapidez na rede principal pode demorar uma média de 10 minutos, enquanto o PIX leva segundos.
Mesmo assim, soluções de escalabilidade como a rede Lightning já são utilizadas para que, também em segundos, transações dessa grandeza sejam efetuadas na rede e sem fronteiras.
Nesse sentido, conforme já mencionado sobre a transparência do blockchain, existem perfis que monitoram o envio de montantes, e remessas maiores. O objetivo é de, informar aos investidores gerais, sobre as movimentações das chamadas “baleias”, os grandes detentores.
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