Jack Dorsey anunciou ontem uma pequena doação de 14 Bitcoins para o brasileiro @Flatjaf que está desenvolvendo a primeira rede social descentralizada do mundo.
A ideia de “Jaf”, é utilizar um modelo similar a da estrutura do Bitcoin, com nós, passíveis de serem rodados em qualquer computador, evitando assim a centralização em um único servidor pertencente a uma empresa.
A iniciativa busca criar um ambiente que permita a existência de uma rede sem viés ou censura pelo controlador, resolvendo dessa maneira o problema do “editor”, onde as grandes corporações que desenvolvem as redes sociais (como Twitter, Google e Facebook), acabam por tomar decisões sobre moderação enviesadas.
Jack Dorsey não apenas tem contribuído financeiramente para o projeto, como ainda teceu elogios públicos, mencionando que a rede “é como o Twitter antes dos 5 mil primeiros usuários, mas melhor”.
A rede deve ser a primeira aplicação do protocolo Notsr, uma abreviação de “Notas e outras coisas transmitidas através de Relays” (onde Relays são os nós da rede).
A palavra também possui um significado em latim, se referindo a algo de propriedade “comum”.
Por meio do protocolo, será possível desenvolver serviços, como uma Wikipedia ou GoogleDocs também descentralizados.
O primeiro deles recebeu o nome de “Damus”, em uma brincadeira com “Nostradsmus”. Trata-se justamente da primeira rede social descentralizada.
O app funciona no momento apenas para iOs, sem previsão de chegar ao Android. Para usuários de iPhone, é possível baixar o aplicativo, que então irá gerar 2 chaves, como o Bitcoin. Uma chave pública, que você deve compartilhar e uma privada e pronto.
Para PC, é possível acessar a rede utilizando o navegador astral.ninja, ou o nostr.rocks.
A busca por uma rede social descentralizada tem sido um dos questionamentos feitos por Dorsey, que desde que saiu do comando do Twitter tem se dedicado a sua fintech, a Block, e em integrações envolvendo Bitcoin e tecnologia em DeFi (Finanças descentralizadas), e agora redes sociais.
