Nesta quarta-feira (31), o presidente da Argentina Javier Milei foi contemplado com uma boa notícia vinda do Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse sentido, o órgão decidiu liberar de imediato R$ 23,3 bilhões para o país, a fim de apoiar o plano de Milei. A decisão concluiu a sétima revisão do acordo estendido sob o Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF) para a Argentina.
O desembolso imediato visa apoiar os esforços iniciais e os “fortes compromissos das autoridades argentinas em restaurar a estabilidade macroeconômica”, diz o comunicado oficial. Além disso, busca ajudar o país a atender às suas necessidades de balanço de pagamentos. Desse modo, a decisão aumenta os desembolsos totais sob o acordo para aproximadamente US$ 40,6 bilhões.
Ao completar a revisão, o Conselho Executivo avaliou que os principais objetivos do programa até o final de dezembro de 2023 foram amplamente perdidos devido a graves retrocessos políticos. Desse modo, exigindo a aprovação de renúncias de não observância.
O Conselho aprovou renúncias associadas à introdução de medidas temporárias que resultaram na introdução ou intensificação de restrições cambiais e práticas de múltiplas moedas.
Além disso, os objetivos do programa foram modificados. Segundo o FMI as mudanças estão alinhadas com as ações iniciais e os “planos ambiciosos das autoridades para recolocar o programa nos trilhos e restaurar a estabilidade macroeconômica. Protegendo ao mesmo tempo os mais vulneráveis.”
A culpa é do governo anterior, diz Diretora do FMI
Kristalina Georgieva, Diretora-Gerente e Presidente do FMI, comenta que após a conclusão das últimas revisões, os desequilíbrios na economia da Argentina aumentaram, e o programa “saiu dos trilhos”. Contudo, ela ressaltou tratam-se de reflexos de “inconsistentes do governo anterior.”
“Diante dessa difícil herança – inflação elevada e crescente, reservas esgotadas e altos níveis de pobreza – a nova administração está tomando ações ousadas para restaurar a estabilidade macroeconômica e começar a abordar os impedimentos de longa data ao crescimento. Essas ações iniciais evitaram uma crise de balanço de pagamentos, embora o caminho para a estabilização seja desafiador”, diz.
Ademais, ainda segundo Georgieva, o plano de estabilização da Argentina foca na âncora fiscal que encerra todo o financiamento do governo pelo banco central. Ela também ressaltou a conquista de um superávit fiscal primário de cerca de 2% do PIB este ano.
Ela afirmou que uma combinação de impostos temporários sobre importações e o aumento dos impostos sobre combustíveis sustentará a conquista, juntamente com a racionalização dos subsídios de energia e transporte, a redução dos custos administrativos e o corte das despesas discricionárias menos prioritárias.
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