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Economia

Evergrande, gigante imobiliária da China, pede proteção contra falência nos EUA

A petição do Chapter 15 da Evergrande faz referência a procedimentos de reestruturação em Hong Kong e nas Ilhas Cayman.

A Evergrande, uma gigante chinesa do setor imobiliário, entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos nesta quinta-feira (17). A ação nos Estados Unidos está relacionada à proteção contra falência, e de seus ativos contra credores.

A empresa está em uma corrida para pagar seus empréstimos, que chegaram a R$ 2,4 trilhões de yuans, ou cerca de R$ 1,7 trilhão, no final do ano passado. O montante é equivalante a cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) da China.

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A medida, chamada de “Chapter 15”, ocorre em Nova York. A Evergrande é a segunda maior empresa imobiliária da China em termos de vendas. A petição do Chapter 15 da Evergrande faz referência a procedimentos de reestruturação em Hong Kong e nas Ilhas Cayman. Além disso, sua unidade Scenery Journey e a afiliada Tianji Holdings também solicitaram a mesma medida.

A empresa tem trabalhado há meses em um plano de reestruturação de sua dívida offshore. Em abril, a Evergrande informou que ainda não tinha o suporte necessário dos credores para implementar o plano. Em julho, obteve autorização judicial para realizar votações sobre o acordo.

Contudo, a Evergrande entrou em default em um título em dólar pela primeira vez em dezembro de 2021, após meses de incertezas sobre suas finanças. Nesse sentido, as dificuldades financeiras da empresa foram um dos fatores que levaram a preocupações crescentes sobre o setor imobiliário chinês.

O que diz a Evergrande?

Em nota à imprensa, a Evergrande comenta que seu planejamento de quitação das dívidas está seguindo conforme o planejado. Além disso, a empresa comenta que o pedido é “um procedimento normal”. Confira na íntegra:

“A Empresa observou relatos relevantes da mídia e deseja esclarecer que a Empresa está pressionando encaminhar sua reestruturação de dívida offshore conforme planejado. Como as notas da Companhia denominadas em dólares norte-americanos são regida pela lei de Nova York, a Empresa recorreu ao Tribunal dos Estados Unidos sob o Capítulo 15 do Código dos Estados Unidos para o reconhecimento dos esquemas de acordo sob a reestruturação de dívida offshore para Hong Kong e Ilhas Virgens Britânicas. A aplicação é um procedimento normal para a reestruturação da dívida e não envolve pedido de falência. Os detentores de valores mobiliários da Empresa e potenciais investidores da Empresa são lembrados para que tenham cuidado ao negociar com valores mobiliários da Empresa.”

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