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Economia

Dólar paralelo atinge cotação histórica de 1000 para 1 na Argentina

Em grupos de WhatsApp dedicados à compra e venda de dólares, o valor se aproxima dos mil pesos.

Em meio à campanha presidencial e a menos de duas semanas das eleições de 22 de outubro, a Argentina enfrenta uma intensa corrida cambial. O dólar paralelo, conhecido como “blue”, atingiu quase mil pesos, marcando um recorde histórico, dada a contínua desvalorização da moeda nacional nos últimos anos.

Segundo os jornais econômicos argentinos, o dólar blue está sendo cotado por volta de 945 pesos. No entanto, em grupos de WhatsApp dedicados à compra e venda de dólares, o valor se aproxima dos mil pesos.

Sergio Massa, ministro da Economia e candidato à presidência, atribui a recente corrida ao dólar paralelo a seu oponente político, Javier Milei, da extrema-direita. Milei, por sua vez, referiu-se à moeda nacional como “um excremento”, o que gerou críticas por parte de Massa, que o considerou irresponsável.

Em um recente evento, Massa expressou sua preocupação com candidatos que, segundo ele, são capazes de “incendiar a casa onde vivem” em busca de votos.

Banco Central tenta intervir

Desse modo, para tentar conter a corrida cambial, o Banco Central da Argentina, sob orientação de Massa, implementou novas regras para o uso de cartões de crédito e débito no exterior, tornando mais caro para os argentinos gastar em pesos fora do país.

O Banco Central unificou três tipos de dólares utilizados em viagens internacionais e aumentou os impostos para argentinos que realizam pagamentos no exterior com cartões. A intenção de Massa é restringir ainda mais as viagens internacionais dos argentinos, reduzindo a demanda por dólares no país.

Em Buenos Aires, as filas nos bancos crescem, com alguns clientes esperando mais de uma hora para sacar até US$ 40. Muitos optam por guardar dólares em casa, usando-os para pagar contas e como forma de poupança, na esperança de que a cotação continue a subir. Enquanto alguns culpam Milei pela situação, outros acreditam que o próprio Massa é responsável pelo atual cenário econômico desfavorável.

A atual situação representa um desafio para Massa, que busca evitar uma vitória de Milei no primeiro turno. Ser simultaneamente ministro da Economia e candidato é uma tarefa árdua em um país que enfrenta uma profunda crise econômica, com inflação anual superior a 100%, taxa de pobreza de 41% e potenciais turbulências financeiras.

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