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Diretor da Sinqia diz que Real Digital é o ‘sistema de pagamentos brasileiro 3.0’

O diretor da Sinqia comenta sobre os benefícios que o sistema de tokens pode trazer ao cidadão comum, bem como os desafios em sua construção.

O Banco Central divulgou recentemente uma lista, contendo as instituições participantes do projeto piloto do Real Digital. Cada uma das 16 listadas, atualmente colabora diretamente com o desenvolvimento de tecnologias para a nova economia tokenizada. Durante evento da Febraban Tech 2023, o BlockTrends conversou com Ricardo Pacheco, diretor na Sinqia, uma das atuantes no piloto do Real Digital. A Sinqia também apresentou sua nova solução durante o evento. Seu principal lançamento no evento é o CaaS, solução voltada para o mercado de Câmbio. O primeiro lançamento do CaaS da Sinqia, é a oferta de Remessas (Cross-Border Payments).

O diretor da Sinqia comenta sobre os benefícios que o sistema de tokens pode trazer ao cidadão comum, bem como os desafios em sua construção. A Sinqia é uma empresa de softwares voltada ao sistema financeiro nacional. Confira a entrevista:

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BT: Quais os benefícios do Real Digital para o cidadão comum?

Ricardo Pacheco: Melhora muito a vida do cidadão comum, de todo mundo, porque o dinheiro tem custo, a gente não pensa nisso. Mas para emitir uma moeda, um papel, colocar um dinheiro no caixa eletrônico e circular todo esse dinheiro, isso tudo custa.

Esse custo é um custo compartilhado por todos nós. Toda vez que a gente paga imposto, uma parte desse dinheiro vai pra pagar essa infraestrutura financeira toda que a gente usa no Brasil.

O real digital vai possibilitar, primeiro, um menor fluxo do dinheiro com a moeda. Ele vai possibilitar um custo menor para distribuir esse dinheiro nos “futuros caixas eletrônicos”, ou nas nas diversas cidades do Brasil.

Então, ficando mais barato, naturalmente sobra mais dinheiro pro Governo poder atender o cidadão comum com outras coisas, ou seja, vai deixar de custar. O primeiro benefício é esse, o real digital, ele vai transformar nosso dinheiro.

E segundo, será mais fácil ainda, do ponto de vista de acesso, quer dizer, qualquer um com telefone vai conseguir usar o dinheiro em qualquer lugar.

Isso já é uma realidade nos grandes centros, mas quando você vai pro Brasil, pros confins do Brasil, você ainda vê que isso não é uma realidade para todo mundo. Então, isso vai, vamos dizer, democratizar o dinheiro para todo mundo.

BT: E quais serão os desafios?

Ricardo Pacheco: Eu acho que tem vários desafios. Eu sempre digo que os desafios tecnológicos são menores. Porque no que tange a tecnologia, o ser-humano vai dar um jeito de resolver. Mesmo assim, tem obviamente desafios tecnológicos. Nesse sentido, ao colocar uma tecnologia nova, blockchain, existe toda uma preocupação de segurança. É como se, na verdade, tivéssemos fazendo um novo sistema de pagamentos brasileiro.

O SPB de 2002 foi uma grande revolução na época, com as TEDs, coisa que não existia. O Real Digital é o sistema de pagamentos brasileiro 2.0, ou 3.0. Então, tem todo um desafio.

O Pix, por exemplo, o Pix veio e gerou sucesso enorme e todo mundo usa Pix pra pagar e receber. Mas também gerou fraude, gerou problema, principalmente nos lugares em que existe um problema maior de segurança.

O Real Digital, ele vem com esse risco. Será que é impossível entrar no sistema do Real Digital? Será que vai ser impossível quebrar o blockchain? A gente acredita que sim.

A tecnologia tem se mostrado mais eficiente. Eu acho que tem o desafio de tecnologia e tem o desafio eu diria paro mercado todo, principalmente mercados financeiros, bancos tradicionais, aceitarem e efetivamente entrarem como parceiros nesse negócio.

Os bancos sempre olham pra ver se faria sentido econômico. E nesse aspecto, o Banco Central tem sido muito forte, como foi no Pix, tirou a receita do banco que ganhava com tarifas, e agora com o Real Digital não vai ser diferente.

Em suma, o desafio é fazer as coisas no tempo que o mercado financeiro consegue absorver. Não é o tempo que a gente gostaria, é o tempo que eles conseguem colocar os sistemas para rodar, e toda a questão da segurança em ordem.

Além disso, como as moedas internas. Porque vai existir o real digital, mas também as moedas internas, as internas de cada entidade financeira. Esse processo todo não é um processo simples.

BT: O Real Digital, conforme mencionado, irá cortar intermediadores e baratear as operações. Acredita que essa margem de ganho vai ser compartilhada pelos bancos com o cliente final, ou não?

Ricardo Pacheco: Olha, eu diria para você o seguinte, eu prefiro ir por exemplos práticos do que por conjecturas, porque eu posso achar uma coisa, você pode achar outra, cada um pode achar uma coisa. Exemplos práticos, no Pix, As pessoas pagavam ou não pagavam para fazer transferências financeiras entre bancos?

Seja via TED, seja via transferência, via DOC, via não sei o que, pagava, certo? As pessoas hoje pagam para fazer o Pix? Não, certo? Na prática as pessoas estão gastando menos. Esse dinheiro foi repassado efetivamente para as pessoas. Por que não pode acontecer a mesma coisa com o Real Digital?

Eu acho que depende muito da força do Banco Central, e da força da população em não aceitar ser taxada por algo que está diminuindo o custo da instituição. Acho que é ganha, ganha para todo mundo.

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