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Economia

Com 24% de aprovação, presidente do Chile aposta em auxílios e mais impostos

Com o aumento da pressão inflacionária, governos ao redor do mundo têm redobrado aposta em auxílios e distribuição de recursos.

Eleito em dezembro de 2021, Gabriel Boric foi eleito com a maior votação da história do Chile, 55%, marcando um aprofundamento na insatisfação da população chilena com questões como desigualdade.

Em 2021, o país se destacou pelo aumento da concentração de renda entre o 1% mais rico, que agora controla 16% do PIB. 

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Os anos de crescimento e estabilidade ajudaram o Chile a se destacar na América Latina, tornando provável que o Chile seja o primeiro na região a superar a barreira de $20 mil em PIB per capita. Ainda assim, a desigualdade tem se sobressaído na pauta de discussões.

Boric prometia liderar a mudança na constituição, que está em andamento. O resultado até aqui, porém, tem sido decepcionante.

O resultado é que sua  popularidade tem caído muito mais rápido do que líderes anteriores. 

O governo foi derrotado, por exemplo, em um projeto que permitiria aos cidadãos sacarem até 10% de seus recursos depositados em fundos previdenciários.

A inflação também tem sido apontada para a imensa rejeição, um fenômeno também global. Neste momento, o Chile enfrenta uma taxa de 12,4% ao ano, com vilões que vão além dos preços de combustíveis. Alimentos, um fator que o país ainda é bastante dependente em importações, subiram 1,4% em junho.

Para contornar a situação, Gabriel Boric tem apostado em aumentar os auxílios no Chile, além de manter programas sociais criados durante a pandemia.

O governo do Chile deve distribuir cerca de $120, ou R$651, em auxílios para 40% da população.

Os cheques representam cerca de 30% do salário mínimo chileno, de $400 (R$2200).

Para compensar, o governo espera aprovar uma taxação sobre grandes fortunas, que poderia elevar a arrecadação do governo em 5% do PIB.

Atualmente, o Chile conta com uma das menores cargas tributárias do mundo, de cerca de 20,4%, em boa medida graças ao fato de a maior parte da previdência chilena ser privatizada, reduzindo drasticamente o custo de um setor que, no Brasil, responde por 56% do gasto público federal, ou 12% do PIB.

As pesquisas de popularidade também apontam que hoje a maior parte dos chilenos espera rejeitar a nova constituição. Cerca de 47% devem votar não, contra 36%, no referendo que ocorrerá em 4 de setembro deste ano.

Se derrotado, um ano após 80% da população apoiar o referendo e a mudança constitucional, o cenário pode se tornar bastante negativo para o primeiro presidente chileno de viés “marxista”, marcando uma inflexão em seu governo. 

A constituição que se pretende substituir, ainda é a mesma do período da ditadura militar chilena de Augusto Pinochet.

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