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Economia

Vilão nos planos de Musk, “Home-office” é até 30% mais produtivo aponta estudo

Estudos de diferentes consultorias são unânimes em apontar aumento do tempo de trabalho e qualidade das tarefas executadas, ao contrário do mantra pregado por Musk.

A visão de Elon Musk sobre o “Twitter 2.0” enviada aos seus novos funcionários pareceu de início um pouco assustadora, com ameaças de que apenas aqueles que estiverem realmente comprometidos com a “cultura” da empresa, o que pode significar longas horas extras e foco em trabalho presencial, poderiam continuar no trabalho.

Apesar do aspecto motivador e da expectativa de que um elevado grau de pessoas fossem responder ávidas por continuar e seguir os planos “excitantes” de renovação da rede, o resultado foi aquém do esperado. Mais de 500 funcionários enviaram e-mails em resposta, com um simples “adeus”. 

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Na prática, Musk acabou tendo de recuar e ir para o 1×1 com diversos funcionários importantes na estrutura da empresa, tentando convencê-los a permanecer.


O certo é que a cultura pregada por Musk de que apenas o trabalho presencial consegue de fato agregar valor, é uma questão que levanta dúvidas. 

Um estudo da consultoria LendingTree, apontou que 29,1% dos americanos trabalham de forma remota, um número que pode chegar a 40,5% entre a faixa etária de 25-39 anos. 

O estudo ainda aponta que estados com custo de vida menor têm apresentado um percentual ainda maior de pessoas em home-office. E essa, como Musk descobriu no caso do Twitter, é uma questão chave. 

Sede de grandes corporações de tecnologia, incluindo o Twitter, a região de São Francisco tem um custo de vida elevado, com aluguéis por lá saindo 28% mais caros do que em Londres e 40% mais caros do que em Paris.

Morar sozinho em uma casa de 40m2 em São Francisco pode custar até US$26,4 mil por ano, em um país onde a renda média está em US$33,4 mil. Ainda que se considere a renda média mais elevada no setor de tecnologia, a habitação em regiões consideradas estratégicas para as Big Techs, acaba consumindo boa parte da renda “extra” recebida por profissionais na área.

Na prática, as Big techs acabam por gentrificação às regiões em que habitam, o que ironicamente leva a uma menor variação cultural, o exato oposto daquilo defendido pelas próprias empresas.

No Brasil, os dados são menos precisos, mas considere que o trânsito custam ao país R$267 bilhões em produtividade perdida, um valor maior do que a riqueza produzida por 20 dos 27 entes federativos. É como se toda riqueza produzida no Distrito Federal (ok, não é o melhor exemplo), fosse inutilizada apenas aguardando o sinal de trânsito abrir. 

Nos EUA, este número chega a US$164 bilhões, um valor maior do que o PIB de 137 países.

E ainda que diversidade cultural não seja lá o maior objetivo de Musk com o Twitter ou qualquer de suas empresas, é importante ressaltar que estudos apontam para uma maior produtividade na prática.

Uma avaliação da americana Prodscore, com 30 mil negócios nos Estados Unidos, e analisando cerca de 100 milhões de dados disponíveis, aponta que a adoção do home-office aumentou em 176% as atividades de relações com consumidores, 57% a celeridade em respostas de e-mail, além de gerar 10% menos perdas em tempo ocioso em horário de trabalho. Na outra ponta, acessos a documentos caíram 26%. 

Na soma geral, o estudo apontou que ao menos 77% daqueles que passaram a trabalhar de forma remota tiveram um aumento de até 30% na produtividade, ou seja, fazendo mais trabalhos em menor tempo. 

Ainda que boa parte das empresas espere rever tal política, é provável que o aumento de conexão da internet e agilidade em meios de comunicação, torne a prática de trabalho remoto uma “imposição”, levando o mundo a vivenciar uma globalização do trabalho, complementar a globalização do capital vivenciada nas últimas décadas.

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