A Mynt, plataforma Cripto do BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, anunciou nesta terça-feira (22) novos serviços e funcionalidades para custódia institucional. Além disso, a plataforma também anunciou taxas zero até o final de outubro, para seis criptoativos na plataforma: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Solana (SOL), Chainlink (LINK), Lido (LDO) e Polygon (MATIC).
Desse modo, o destaque é para o Mynt Prime, que vai oferecer custódia para clientes institucionais. Portanto, a partir de agora, gestoras de fundos existentes ou novos terão um canal exclusivo com serviços especializados em cripto.
André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, comenta que os fundos do BTG de criptoativos já utilizam a tecnologia há mais de um ano, e agora estão abrindo o serviço para terceiros. A custódia é feita pela Mynt, com partes da tecnologia advindas da Fireblocks, conforme explica portilho.
“A Fireblocks oferece parte da tecnologia da custódia, mas em cima da plataforma deles, a gente monta todos os nossos processos operacionais, todas as nossas linhas de governança, inclusive de checagem, como é que chega o cripto, como é que vai o cripto, quais as regras que você tem que ter aqui para fazer esse controle”, explica.
“Estamos mais uma vez inovando e colocando toda solidez e excelência do BTG Pactual para atuar em um mercado ainda pouco explorado. Acreditamos que, com a evolução da regulação e do conhecimento da tecnologia, mais fundos passarão a incluir cripto em suas alocações e daremos mais dinamismo ao mercado”, afirma.
Mynt mira em instituconais, mas não esquece do varejo
A Plataforma afirma estar mirando nos institucionais, e no varejo também. No que tange à tokenização de ativos, Portilho destaca a importância de incluir a compatibilidade com o Drex na plataforma. Contudo, ele destaca a necessidade de estar alinhado à regulação para tal, e caminhar junto ao Banco Central neste processo.
“Esse processo todo, como falei aqui do Real Digital e da questão da tokenização, vai se agravar muito nos próximos anos. Por conta do projeto Drex, muita coisa a gente não sabe como vai ser, mas, assim, a indústria já está se movimentando. E faz sentido, porque é uma tecnologia que é melhor, mais eficiente, mais segura, e mais fácil de controlar”, diz.
Além da custódia, a Mynt também vai oferecer aos clientes institucionais a negociação de criptomoedas, bem como o acesso a criptoativos que não estão listados na Mynt. Desse modo, a plataforma terá conectividade com outras corretoras, entra as citadas, a Coinbase.
“Por ser um banco que tem um pé muito forte no tradicional, e também um pé muito forte no mercado cripto, a gente consegue colocar essas duas coisas e oferecer um tipo de serviço que, acho que sim, poucas instituições conseguem oferecer no mercado. Se o cliente está operando cripto, sempre tem necessidade de fazer câmbio. Tem necessidade de fazer um off ramp, tem necessidade de trazer para a real em algum momento e fazer algum pagamento. Isso a gente consegue oferecer”, diz.
Lumx foi investimento estratégico
Ainda no varejo, Portilho ressalta sobre a aquisição de 20% da startup Lumx Studios ter sido estratégica. Conforme o executivo, existe um modelo de negócios na Web3, por meio de NFTs, que o banco ainda não atua mas que acha bastante atrativo. A startup oferece serviços de construção de marcas dentro da Web3 por meio de tokenização.
A Lumx faz um tipo de serviço, e faz muito bem feito, que a gente acha que não só tem um futuro muito grande, e que vai ter muita sinergia com as nossas estratégias. Só que não é uma coisa que eu faria hoje dentro do core da nossa estratégia. E aí, faz todo sentido um investimento estratégico nisso. Porque a gente tem condições de ajudar a aceleração da startup, e também tem condições de trazer sinergias com o que eles fazem”, explica.
“Esse mundo de NFTs, de Web3, está engatinhando, está começando”, aponta. Portilho ressalta empresas no mundo inteiro, de pequenas a grandes, como Nike, Adidas, Starbucks, aqui no Brasil, Nubank, MercadoLivre, testando modelos de como trazer essa tecnologia para gerar esse tipo de engajamento, baratear, trazer clientes novos e também gerar um engajamento maior que agregue”, diz.
Administração, custódia e negociação
A plataforma terá serviços de administração, custódia e negociação em um só lugar. Segundo o anunciado, serão mais de mil tokens suportados. “Com isso os clientes institucionais conseguem expandir sua exposição no mercado de criptomoedas em um ambiente adequado e seguro. Por isso usamos exchanges que consideramos que operam em um ambiente regulado”, revela.
Segundo o Head de Operações da Mynt, Marcel Monteiro, fundos que operam criptoativos têm poucas opções no Brasil, por isso a solução da Mynt vai atender uma demanda de clientes institucionais, desde custódia e acesso a trading, até a administração de fundos cripto.
“Vale ressaltar que teremos a capacidade de consolidar dados para administradoras. Com isso, as gestoras terão flexibilidade de custodiar os ativos na Mynt, utilizar as plataformas de trading e permanecer com a administração do fundo”, completa Monteiro.
Para ajudar os investidores a planejar e escolher os ativos, a Mynt anunciou que irá disponibilizar, gratuitamente na plataforma, uma carteira recomendada mensal de cripto. Isso é, uem quiser seguir as recomendações e investir nos ativos da lista pode fazer a partir de apenas um clique, direto no app. Outra possibilidade de investir de forma rápida e fácil é por categoria. O cliente poderá comprar uma cesta de ativos, como DeFI, Games, entre outros.
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