Em nota oficial, o Partido dos Trabalhadores afirma que seus dois candidatos, à presidência e ao governo de São Paulo, registraram os planos de governo na blockchain da Decred, uma criptomoeda “aberta, autofinanciada e com um sistema de governança próprio”.
Na nota, o PT alega que a ideia de garantir um registro público e não sujeito a alteração se dá para evitar que sejam criadas “Fake News” acerca das propostas de governo.
Como explicou Vinícius Russo, autor da iniciativa, basta que um usuário baixe o arquivo que recebeu com as propostas do candidato, em seguida suba no site da Decred e então poderá comparar com a hash (uma criptografia para identificar um bloco na blockchain), com os hashs gerados pelos planos de governo de Haddad e Lula.
O Hash gerado pelo plano de governo de Lula é este:
3b1196fd91ed9ddc093fe90ce29ecdceb4758fbd15f5943ba054e1a0bac34909.
Enquanto o de Fernando Haddad é este:
8d09ed1d25892d2e4c4ce2b486dacaea792bb5cfd92de9e026e8899620d81953.
Convém lembrar que desde 2020 o Tribunal Superior Eleitoral vem estudando a utilização da tecnologia blockchain nas eleições.
O uso da tecnologia permitiria maior transparência ao processo eleitoral, tendo em vista que as blockchains (como a do Decred), tem por princípio serem públicas e imutáveis, o que permite checagem sem poder alterar o arquivo gerado.
O uso de um sistema blockchain nas urnas poderia permitir uma votação segura utilizando um QR Code, o que diminuiria tempo de espera ou a necessidade de um fiscal, ou ainda, o voto online, não presencial.
O TSE testou 3 modelos na eleição de 2020, no que espera que possam se tornar novas práticas eleitorais e diminuir o total de abstenções ampliando a presença do eleitor.
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