É fato que o Irã tem sido um dos principais financiadores do Hamas, fornecendo ao grupo terrorista recursos essenciais para realizar atos de terrorismo. No entanto, investigadores nos EUA e em todo o mundo identificaram outra fonte de receita explorada pelo Hamas: doadores online de várias partes do mundo oferecendo suporte em criptomoeda.
Além do grupo terrorista utilizar os recursos humanitários enviados por Israel para a população de Gaza. Como encanamentos transformados em foguetes, e medicamentos desviados dos hospitais de Gaza pelo grupo, e para o grupo terrorista. Os valores são revertidos tanto em armamentos, como em propaganda anti-Israel.
Antes do ataque surpresa dos terroristas à Israel no fim de semana, oficiais do Departamento de Justiça em Washington, D.C., já investigavam o uso de criptomoedas através de supostos lavadores de dinheiro, conforme apurado pela CNN.
Não está claro quanto dinheiro o Hamas recebeu em criptomoeda, mas há evidências de que eles acumularam quantias significativas. Segundo Dmitry Machikhin, CEO do software de análise de criptomoedas BitOK, endereços ligados ao Hamas e confiscados pelas autoridades israelenses receberam quase US$ 41 milhões entre 2020 e 2023.
Um grande benfeitor do Hamas é o Irã, que forneceu até US$ 100 milhões anualmente a grupos terroristas palestinos. Incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA de 2021.
Os advogados do Departamento de Justiça divulgaram poucos detalhes sobre o caso de lavagem de dinheiro, com a maioria dos arquivos do tribunal sendo sigilosos. No entanto, os documentos públicos mostram que o caso se originou de contas de criptomoeda ligadas ao Hamas que o governo dos EUA confiscou há três anos. Um documento do tribunal em maio indicou que o caso ainda estava “em andamento”.
Hamas e criptomoedas
Separadamente, endereços de criptomoedas que Israel confiscou por supostas ligações ao Hamas e a outros terroristas valiam dezenas de milhões de dólares. As informações são segundo analistas privados que conversaram com a CNN. O uso de crriptomoedas pelo Hamas é apenas uma das várias maneiras pelas quais o grupo tentou arrecadar fundos evitando sanções.
O Hamas e outros grupos terroristas também usam o Facebook e o Twitter para postar publicamente seus endereços de carteira de criptomoeda. Desse modo, instruindo as pessoas sobre como doar, conforme relatado pelo Departamento de Segurança Interna.
Em 2019, um homem de Nova Jersey foi acusado de postar no Instagram que havia “doado US$ 100 ao Hamas”. O homem, também acusado de enviar cerca de US$ 20 em bitcoin ao grupo, posteriormente se declarou culpado de ocultar suas tentativas de fornecer apoio material ao Hamas.
O grupo terrorista não parou completamente esses esforços. Na terça-feira, as autoridades israelenses anunciaram o congelamento de contas adicionais de criptomoeda que o grupo supostamente usou para coletar doações durante o conflito desta semana.
O advogado Asher Perlin, que representa a família de Yitzchak Weinstock, um americano de 19 anos assassinado por terroristas do Hamas fora de Jerusalém em 1993, também monitorou os ativos do grupo.
A família Weinstock obteve um julgamento legal de quase US$ 80 milhões contra o Hamas em 2019. Mas tinha poucas maneiras concebíveis de coletar essa quantia. Perlin viu o caso de confisco pendente do governo como uma oportunidade para coletar o dinheiro que seus clientes na família Weinstock deviam.
No entanto, desde que entrou com uma reivindicação há dois anos, Perlin disse que o caso foi repetidamente adiado. Em maio, o juiz observou que a investigação criminal era por “suposta lavagem de dinheiro” para o Hamas.
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