A empresa de gestão de ativos Bitwise lançou seu ETF à vista de Bitcoin com mais de 11.858,63 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 465 milhões sob gestão. Apesar disso, após ser a primeira gestora a publicar seu endereço público de Bitcoin, começou a receber doações da comunidade Bitcoiner.
Em uma postagem de 24 de janeiro no X (anteriormente Twitter), a Bitwise se tornou o primeiro ETF de bitcoin dos EUA a publicar os endereços de suas participações. Segundo a empresa, essa iniciativa facilitará a verificação fácil das participações do BITB, alinhando-se com os princípios éticos centrais de transparência dentro do ecossistema BTC.
“Publicar endereços on-chain é um primeiro passo para aumentar a transparência pública. À medida que a infraestrutura evolui, esperamos fazer mais, como trabalhar com empresas como a Hoseki para fornecer atestados criptográficos em tempo real”, acrescentou a Bitwise.
O BITB da gestora Bitwise está entre os ETFs de melhor desempenho entre os “Novos Nove”. De acordo com dados oficiais em seu site, o ETF detém 12.338 BTC, avaliados em cerca de 490 milhões de dólares, em seu trust.
Institucional recebe caridade das sardinhas
Após a divulgação pública, o endereço da Bitwise começou a receber doações em BTC e inscrições de membros da comunidade cripto. Alexander Leishman, CEO e CTO da empresa de investimento em BTC River, apontou que um indivíduo não identificado enviou 6969 sats para o ETF da Bitwise.
O desenvolvedor pseudônimo do Mempool, Mononaut, também disse que o endereço da Bitwise recebeu “uma inscrição do que só posso assumir ser Elizabeth Warren”. Sobre as inscrições, e satoshis raros, a gestora também está recebendo aos montes.
Desse modo, trata-se de cerca de US$ 6.083 em inscrições. Além disso, o ETF recebeu um total de mais de 16.000 inscrições de Bitcoin. Essas inscrições incluem dois airdrops de RSIC, um Bitcoin Punk, um Bitcoin Burials, um Quadkey e tantos outros. A conta também possui milhares de inscrições BRC-20; no entanto, não há saldos BRC-20 válidos/ativos na conta.
Eric Balchunas, analista sênior de ETF da Bloomberg, observou que esta foi a primeira vez que um ativo subjacente foi doado a um ETF. Segundo ele, isso foi um momento revolucionário porque “a única maneira de os ativos entrarem em um ETF é apenas através do AP dando dinheiro ao emissor”.
Ele acrescentou: “Isso ignora tudo isso, mas nenhuma nova ação é criada. Acho que poderia ser tratado como receita de empréstimo de títulos e colocado de volta no NAV como um desconto na taxa de despesa”.
Meio bilhão de dólares em uma versão antiga
Enquanto isso, alguns membros da comunidade levantaram alarmes sobre a escolha do endereço pela Bitwise. Muitos estão achando no mínimo estranho, ou irresponsável, utilizar um endereço que não é multi-assinatura. Nesse sentido, Cauê Oliveira, analista do BlockTrends Research, explica que o modelo de chave privada sendo utilizado, informação que é possível ver a partir da chave pública, é P2PKH. Ou seja, um modelo anterior à atualização Segwit e considerado bastante antigo. “Os modelos mais recentes começam com bc1, que são endereços taproot”, explica.
Em resposta a essas consultas, Hong Kim, cofundador e diretor de tecnologia da Bitwise, esclareceu que o provedor de serviços de custódia da empresa, a Coinbase Custody, adota uma política de não reutilizar endereços após gastar. Consequentemente, o endereço passa por rotação após uma transação de gasto.
“Coinbase gerencia múltiplos fragmentos da mesma chave em sua configuração de custódia de armazenamento frio e roda endereços após a transação de gasto, mas concordo que o multisig onchain seria provavelmente mais claro”, explicou Kim. Além disso, Kim tranquilizou a comunidade de que a Bitwise estava ativamente buscando uma atualização de endereço para Taproot em colaboração com seu custodiante.
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