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ETFs de criptomoedas sobem até 67% e lideram altas no semestre

Para o CIO da QR Asset, a performance do QBTC11 durante o primeiro semestre deste ano deve-se a uma combinação de fatores.

Os fundos ETFs de criptomoedas lideram as altas entre os demais produtos financeiros no Brasil. Valorizações ocorrem em meio a um cenário onde os grandes fundos buscam aprovação de ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos. Já no Brasil esses mesmos produtos saem em disparada em relação aos demais.

Na liderança, o QBTC11 da QR Asset, sobe 67,56%, seguido do BITH11, da Hashdex, com valorização de 64,30%. Entre os demais, estão BITI11 do Itaú (62,55%) e CRPT11, da Empiricus Investimentos (56,67%).

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ETFs criptomoedas 2023
(Imagem: QR Asset)

Para Alexandre Ludolf, CIO da QR Asset, a performance do QBTC11 durante o primeiro semestre deste ano deve-se a uma combinação de fatores. Tanto macroeconômicos quanto específicos do setor de criptomoedas, bem como da gestão do ETF.

“O Bitcoin spot, que é o ativo subjacente do QBTC11, demonstrou uma resiliência excepcional em um período marcado por eventos importantes. Entre eles, destaco o período de crise em alguns bancos regionais americanos, como SVB e Silvergate. Nesse contexto de stress bancário, o Bitcoin mostrou-se robusto e seguro, tendo seu preço impactado positivamente e confirmando sua validade como um ativo não correlacionado com o mercado financeiro tradicional”, comenta.

Regulação nos Estados Unidos

Além disso, Ludolf observa que a indústria de criptomoedas passou por um período de maior escrutínio regulatório nos Estados Unidos. Nesse sentido, diversas empresas e protocolos viram o risco de serem classificados como valores mobiliários pela SEC, o equivalente à CVM no Brasil.  No entanto, para ele o Bitcoin destaca-se como uma exceção a esse risco, atraindo ainda mais o interesse de investidores institucionais.

“Este fator foi reforçado pela recente iniciativa de gigantes do mercado financeiro tradicional, como a BlackRock e a Fidelity, que solicitaram o registro de ETFs de Bitcoin Spot nos Estados Unidos”, destaca.

Esse movimento indica a possibilidade de mais investidores tradicionais, como fundos de pensão, ingressarem no mundo das criptomoedas. Vale lembrar que a BlackRock, até há pouco tempo, era uma crítica contundente do Bitcoin.

“Outro fator importante para o desempenho do QBTC11 foi o aumento do entendimento dos investidores sobre a tese do Bitcoin. Um ativo escasso, imune à desvalorização por emissões monetárias excessivas dos bancos centrais. Em um panorama econômico e geopolítico complexo, o Bitcoin tem se mostrado um ativo de proteção contra instabilidades econômicas”, comenta.

Perspectivas para o QBTC11

Ele ainda ressalta que, as perspectivas para o QBTC11 no restante do ano são promissoras e existem vários fatores que contribuem para essa visão otimista. “Um deles é a perspectiva de redução da oferta de Bitcoin e a diminuição da sua “inflação” através do evento conhecido como “Halving”, que ocorrerá no próximo ano”, diz.

Conforme o CIO, esse fenômeno pode favorecer um equilíbrio de oferta e demanda em patamares mais elevados. Portanto, tende a impactar positivamente o valor do Bitcoin e, consequentemente, do nosso ETFs.

“Outro aspecto relevante é a perspectiva de redução dos juros globais. Este cenário tende a favorecer ativos alternativos como o Bitcoin, que se torna ainda mais atraente para investidores em busca de maiores retornos. Esta combinação de fatores sugere que o Bitcoin, e por consequência o QBTC11, pode estar no início de um mercado altista relevante. Isso deve se intensificar a partir de meados de 2024”, explica.

Cenário macro é favorável para analista da Hashdex

Já para Lucas Santana, analista da Hashdex, a explicação da boa performance dos ETFs da gestora se dá pela inflação americana em queda e desaceleração do aumento de taxas de juros nos EUA. Além disso, ele destaca a injeção de liquidez pelo Fed para conter a crise bancária americana.

Santana também ressalta a questão dos pedidos dos ETFs nos Estados Unidos. “Grandes instituições, como BlackRock, Fidelity, Invesco, WisdomTree e VanEck, entraram em sequência com pedidos de ETF spot de bitcoin nos EUA. A aprovação deste tipo de veículo é vista como um divisor de águas para a classe de ativos, tanto pelo reconhecimento do sistema financeiro tradicional de que cripto veio para ficar, quanto pelo fato de que um veículo regulado com essa estrutura será uma via de entrada mais adequada para que grandes pools de capital possam ter acesso aos ativos digitais”, explica.

Conforme diz, bancos, empresas de pagamento, de comércio eletrônico, marcas de roupas e artigos de luxo, além de gigantes do entretenimento, continuam anunciando iniciativas envolvendo cripto e dando acesso aos ativos digitais com utilidade no mundo real.

Inovações no setor de criptomoedas

Na parte de inovações do setor, o analista menciona as atualizações da Ethereum. “O Ethereum concluiu a atualização Shanghai com sucesso, finalizando sua transição para o Proof-of-Stake e eliminando o risco de ausência de saques de ether que existia antes da atualização”, diz.

Além disso, Santana também destaca as novas utilidades que vieram para a rede Bitcoin através de Ordinals, Inscriptions e dos tokens BRC-20, emendado a tese de investimento da rede para além de uma reserva de valor digital emergente.

Desse modo, para ele, o bitcoin parece ter sido percebido como um ativo de proteção durante a crise bancária americana, tendo um desempenho relevante durante a quebra do Silicon Valley Bank e do First Republic Bank, acima dos demais ativos digitais.

O staking no Ethereum continua em franca ascensão após a conclusão da atualização Shanghai, com a taxa de novos depósitos quase quintuplicando apenas dois meses após o evento.

Além disso, o ponto de vista regulatório também é favorável para o analista. Nesse sentido, ele cita a aprovação do Markets in Crypto Assets (MiCA) na União Europeia, primeiro marco regulatório para os ativos digitais na região.

Além disso, também comenta sobre o Reino Unido e Hong Kong trabalhando para estabelecer normas claras para operações envolvendo criptoativos, e a aprovação do marco das criptomoedas no Brasil.

“A queda da FTX parece ter sido o clímax do bear market de 2022, exaurindo a alavancagem residual ainda presente no mercado após os eventos Terra/Luna, Celsius e Three Arrows Capital. Os preços, mesmo dos principais ativos do mercado, estavam altamente deprimidos ao fim de 2022. Por exemplo, bitcoin e ether, os dois principais ativos do mercado, haviam caído cerca de 65% no ano. Altcoins e outros ativos menores sofreram um baque ainda maior ao longo de 2022”, finaliza.

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