Uma análise dos dados do Federal Reserve, o Banco Central americano, aponta para um desfecho conhecido, porém curioso, em relação à alta de juros no país.
Segundo o economista Aaron Soujourner, usando a base de dados do FED, os 0,1% mais ricos dos EUA viram 5% de sua riqueza desaparecer no período entre o quarto trimestre de 2021 e o quarto trimestre de 2022.
O motivo está na desvalorização de ativos no mercado financeiro, cripto e imobiliário. Com a elevação de juros, o custo financeiro das empresas foi elevado, reduzindo assim expectativas futuras de ganhos e o valor de mercado das empresas.
Os 0,9% seguintes, completando o 1% mais rico, foram ainda mais afetados, perdendo cerca de 7% da sua riqueza.
Na outra ponta estão os 50% mais pobre dos EUA que viram sua riqueza (muito menor), crescer 17% na medida em que a elevação de juros colaborou para uma queda na inflação.
Até o momento, indo contra intuitivamente, a elevação de juros e o combate à inflação têm sido financiados pelos mais ricos nos EUA, beneficiando aqueles que despendem maior parte de sua renda em consumo.
Aaron salienta ainda que uma mudança no mercado de trabalho, bastante aquecido no país, poderia reverter a situação, com os mais pobres voltando a perder seu poder de compra.
O economista menciona ainda que os 0,01% mais ricos dos EUA possuem um patrimônio médio de US$660 milhões, contra $668 do patrimônio líquido (ativos menos dívidas), dos 50% mais pobres, apontando que, na prática, a metade mais rica continua sujeita a variações de preços no mercado e em produtos como combustíveis, o que explicaria um ganho significativo na medida em que estes bens e serviços se tornam mais baratos.
$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com