Em um mundo cada vez mais digitalizado, com ativos digitais e liquidez global, o papel das redes sociais está redefinindo a maneira como entendemos e valorizamos o capital social e o patrimônio líquido. Nesse sentido, o assunto é abordado no artigo “Volatility As A Service“, ou volatilidade como um serviço, assinado por Joel John, Saurabh e Siddharth.
O texto percorre uma análise da interseção entre criptomoedas, Web3 e redes sociais, explorando como a volatilidade no espaço cripto está sendo usada como um serviço, e como as plataformas estão permitindo que os usuários monetizem seu capital social.
Segundo os autores, historicamente, o capital social e o patrimônio líquido eram considerados entidades separadas. O capital social, que se refere à influência e ao status que alguém tem em uma comunidade ou sociedade, não se traduzia necessariamente em riqueza tangível.
No entanto, com as criptomoedas e plataformas blockchain, essa relação está começando a se inverter. As plataformas emergentes estão permitindo que as pessoas monetizem seu capital social de maneiras novas e inovadoras.
Capital Social na Web3
Desse modo, o artigo expõe o caso de Bill Hwang e Archegos Capital. No caso, Hwang tentou monetizar seu capital social tomando empréstimos de vários bancos de investimento usando suas próprias ações como garantia.
No entanto, ele usou o mesmo conjunto de ações como garantia para múltiplos empréstimos, levando a uma alavancagem excessiva e, eventualmente, a grandes perdas para os bancos que haviam emprestado a ele.
Nesse sentido, plataformas como FriendTech estão permitindo que os usuários monetizem seu capital social. Por exemplo, em FriendTech, os usuários podem ganhar dinheiro com base em sua influência e status. Isso introduz uma nova forma de volatilidade no mercado, pois a popularidade e o valor de um usuário podem ser voláteis e mudar rapidamente.
Dessa maneira, assim como Bill Hwang tentou monetizar seu capital social no caso Archegos, as plataformas cripto estão permitindo que os usuários façam o mesmo. No entanto, em vez de usar ações como garantia para empréstimos, as plataformas cripto estão permitindo que os usuários usem sua influência, popularidade e status como capital social para acessar patrimônio líquido.
Portanto, isso introduz uma nova forma de volatilidade ao mercado cripto, onde o valor de um usuário pode flutuar com base em sua popularidade e influência.
Mercado está com volatilidade nas mínimas
Alinhado a isso, os autores lembram que a volatilidade do Bitcoin está no ponto mais baixo desde 2016. Isso tem implicações significativas para o mercado cripto, visto que muitos produtos e serviços nesse ecossistema dependem da volatilidade para serem relevantes.
Durante períodos de alta volatilidade, há mais atividade e interesse em produtos e serviços cripto, pois os usuários buscam capitalizar sobre as flutuações de preço. No entanto, em períodos de baixa volatilidade, o interesse pode diminuir, pois há menos oportunidades percebidas para lucro.
Os serviços impactados pela falta de volatilidade, no ambiente das criptomoedas, abrange os incentivos para empréstimos. Isso porque, se as pessoas não acreditam que um ativo superará outro em um curto espaço de tempo, elas não têm incentivo para emprestar um ativo contra o outro.
Além disso, o artigo destaca impactos em produtos de opções, de corretoras descentralizadas e mais. Portanto, os autores defendem que, para combater a diminuição da volatilidade, essas plataformas estão buscando novas maneiras de introduzir ou capitalizar a volatilidade.
Produtos como Rollbit e Unibot também são citados, como plataformas que estão capitalizando na necessidade dos usuários de encontrar volatilidade. Segundo eles, oferecendo plataformas para negociação de instrumentos altamente voláteis e facilitando a negociação de altcoins de baixa capitalização.
Outra referência trazida no artigo é a Eugene Wei, e seu conceito de “Status as a Service”. Wei forneceu um quadro sobre como as redes sociais evoluíram historicamente. Na década de 2000, muitos acreditavam que as redes sociais se tornariam muito parecidas com redes sociais tradicionais. No entanto, muitas dessas redes, como Orkut, MySpace e Friendster, não conseguiram se sustentar.
Web2 versus Web3
O autor sugere que as redes sociais da Web3, como o FriendTech, estão tomando uma abordagem diferente. Em vez de apenas fornecer uma plataforma para interação social, elas estão permitindo que os usuários monetizem seu capital social.
O artigo aborda o suposto fracasso do Threads, como rede social na Web2. E a razão pela qual as pessoas estão trocando redes sociais da Web2, como Threads, por redes sociais da Web3, como FriendTech, é justamente devido à capacidade de monetizar o capital social.
Em redes sociais tradicionais, o status e a influência de um usuário não se traduzem necessariamente em riqueza tangível.
“Enquanto escrevo estas palavras, a base de usuários ativos do Threads caiu para 10 milhões dos 50 milhões de usuários que migraram para o aplicativo durante os primeiros dias. Para que as pessoas façam o “trabalho”, elas precisam de recompensas verificáveis e de um jogo justo que queiram jogar”, escreve.
Para ele, o simples fato do Threads ser lançado já favorecendo aqueles com mais seguidores, e não reinventando uma forma de capital social mais tangível em termos de patrimônio líquido, foi o atestado de óbito da rede.
“Os criadores aceitam essas compensações na Web2 em troca da escala (de atenção) que elas permitem. No ambiente atual, a única maneira de mudar um criador de primitivos sociais Web2 para primitivos nativos Web3 é se houver capital envolvido. O dinheiro é um excelente incentivo por si só e é um precursor do capital social”, finaliza.
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