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Blockchain

Real Digital: quais serão as tecnologias por trás da moeda?

CEO da Parfin, empresa no projeto piloto e no Lift Challenge, comenta sobre soluções pensadas pela empresa.

O Real Digital avança no formato do Piloto RD, e dos Fóruns públicos transmitidos pelo canal do YouTube do Banco do Brasil. No final de maio, 14 instituições foram selecionadas para participarem do projeto piloto. Entre elas, a Parfin, empresa de soluções em blockchain, que também participa do Lift Challenge. Nesse sentido, o Real Digital poderá se aproveitar de tecnologias das iniciativas privadas para ser oferecidos a bancos e clientes finais.

Marcos Viriato, CEO da Parfin, comenta em entrevista ao BlockTrends durante evento da Febraban Tech 2023, que a empresa está com algumas vertentes que colaboram com o ecossistema. Entre elas, a Parchain, que é um ecossistema que envolve redes privadas, uma Commit-Chain.

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A tecnologia de Commit-Chain, é definida como um esquema que permite o processamento off-chain de transações por um ou mais operadores com compromissos de atualização de estado on-chain que não contêm dados por transação.

“Na parte da rede privada da Parchain, que chamamos de Parchain Private, oferecemos um alto throughput [taxa de transferência, a medida de quantas unidades de informação um sistema pode processar em um determinado período de tempo]. Nos testes, já atingimos quatorze mil transações por segundo. Para uma operação de missão crítica de alta velocidade, um serviço necessita de trhoughtput”, explica.

Ele reforça que essa mesma necessidade de velocidade na transferência pode ser exigida eventualmente na rede do Real Digital.

Real Digital e o foco em privacidade

No que se refere a Hylerledger Besu, a blockhain utilizada no teste piloto, Viriato diz também enxergar na tecnologia uma utilidade de Commit-Chain, isso é, para gravar as transações. Enquanto que, ao mesmo tempo, a Parfin pode oferecer uma tecnologia de privacidade nas transações.

“Temos a solução de ZK também para garantir uma parte da privacidade. Portanto acredito que elas são complementares, nenhuma é excludente”, complementa. A tecnologia de ZK, ou Zero Knowledge, refere-se a uma forma de tornar as blockchains mais rápidas e eficientes.

Portanto, a tecnologia funciona agrupando várias transações em um único pacote e enviando esse pacote para a blockchain principal. Isso é realizado através do uso de uma prova criptográfica que garante a segurança do sistema. Com os ZK-rollups, o processamento das transações pode ser feito de forma mais rápida, o que torna as blockchains mais escaláveis.

Em suma, Viriato acredita em um modelo onde existirá uma blockchain de primeira camada, para gravar as transações do Real Digital, e outra para processar em segunda camada, em um modelo com maior privacidade. “Dependendo do tipo de aplicação uma tecnologia é complementar a outra. Esse é o nosso foco, tanto que a gente integrou já com a Besu”.

O CEO afirmou que a tecnologia desenvolvida pela Parfin, chamada de ZK light, garante a privacidade em um modelo mais performático. “Estamos testando pontes e tecnologia de privacidade desde o ano passado.” De fato, durante um Fórum público promovido pelo Banco Central, Fábio Araújo, coordenador do projeto piloto, trouxe a questão da privacidade para discussão.

Liquidação e trocas com Real Digital

Além disso, o CEO afirmou que a empresa está trabalhando em soluções de liquidação e troca entre o Real Digital (depósitos tokenizados) e o Real tokenizado (moeda digital para o varejo).

“Temos alguns aceleradores. Uma ferramenta de gestão que chamamos de cockpit de tesouraria do Real Digital. Nele, o cliente consegue gerir tanto o Real Digital como depósitos tokenizados. Construímos alguns smart contracts de delivery versus payments. Já existem alguns smart contracts de produtos financeiros brasileiros como LCI, LCA, CRA, CRI e assim por diante”, revela.

Com isso, o objetivo é entregar isso para o cliente como um SDK, um acelerador. “Estamos até pensando em lançar como um Open Source, assim o banco pode lançar, usar e expandir o produto”, diz.

Viriato diz acreditar em um cenário onde o cliente pode fazer trocas entre criptomoedas e produtos financeiros nacionais, como LCA por exemplo. Entretanto, a maior questão para o CEO é se terá liquidez suficiente para a operação.

“Pode acontecer que alguém queira entregar Bitcoin e alguém querendo entregar título público contra Bitcoin. Pode ser que não tenha, né? Então, acho que é isso que é o negócio. A solução funciona. A questão é se vai ter gente querendo fazer essa relação de troca”, finaliza.

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