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Tecnologia

O que é o Apagão da Twitch e porquê ele não faz nenhum sentido

Alimentados pela narrativa anticapitalista, streamers da Twitch se organizaram para realizar uma greve geral nomeada de “Apagão da Twitch”, que na verdade, não faz sentido algum, e este é o porquê: A modernização da indústria de entretenimento proporcionou mudanças inimagináveis no cenário de entretenimento mundial, e um de seus fenômenos mais lucrativos atualmente são as […]

Alimentados pela narrativa anticapitalista, streamers da Twitch se organizaram para realizar uma greve geral nomeada de “Apagão da Twitch”, que na verdade, não faz sentido algum, e este é o porquê:

A modernização da indústria de entretenimento proporcionou mudanças inimagináveis no cenário de entretenimento mundial, e um de seus fenômenos mais lucrativos atualmente são as plataformas de streaming. Com uma funcionalidade relativamente nova, as plataformas de transmissões ao vivo se tornaram febre entre o público gamer e outras variadas comunidades. 

Esse mercado que até poucos anos atrás era palco de grandes batalhas corporativas entre diferentes plataformas de streaming, passou a ser amplamente dominado pela então subsidiária da Amazon, a Twitch. 

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A Twitch foi fundada em 2011 como um spin-off da Justin.tv, um dos primeiros websites de streaming a serem criados. Sob o comando da Justin.tv a plataforma chegou a alcançar cerca de 45 milhões de usuários, sendo adquirida em 2014 pela Amazon por cerca de R$5,33 bilhões. 

Desde então a plataforma traçou um percurso invejável no mercado de streaming, se mantendo no topo da audiência entre a concorrência e mantendo contratos com os maiores streamers/instituições de entretenimento, principalmente no meio dos games.

Para fins de discernimento, neste ano a Twitch registrou 100 milhões de espectadores mensais e uma média de 1,4 milhão de espectadores simultâneos. 

Dados como esse muniram uma controversa narrativa adotada por streamers, que alegam serem vítimas de “exploração”. Obviamente esse movimento traz uma grande bagagem ideológica, principalmente quando a imagem da Twitch é assimilada com a imagem de Jeff Bezos, ex-CEO e sócio majoritário da Amazon Inc

O fato motivador da insatisfação dos produtores de conteúdo da plataforma foi a recente redução do preço das inscrições da plataforma (subs). 

Explicando a dinâmica de pagamento

Ao todo existem 2 formas consistentes dos streamers (em geral) serem recompensados pela produção de conteúdo dentro da plataforma. Eles podem ser recompensados pela transmissão de anúncios disponibilizados pela própria plataforma ou pelos chamados “subs”, que são basicamente inscrições que o público paga com o intuito de apoiar o produtor de conteúdo. 

No último mês a Twitch reduziu o preço dessas inscrições em 66% com o intuito de viabilizar a maior entrada de apoiadores nos canais, consequentemente a cota destinada aos streamers dessa inscrição foi diminuída. 

O “manifesto” do grupo alega os seguintes dados: 

Anteriormente, o repasse das inscrições pagas para os streamers era de US$1,42 (R$7,59), US$1,24 (R$6,64) das inscrições de presente. Com a mudança nos preços de inscrição na plataforma os valores de repasse passaram para: inscrições pagas: U$0,47 (R$2,50), inscrições de presente: US $0,41”. 

Traduzindo: 

Anteriormente o integral das inscrições padrões era de R$22,99 e o valor recebido pelos streamers dessa quantia era de R$7,59. Ou seja, em dados estatísticos os streamers recebiam 33% do valor da inscrição. 

Após a redução do preço da inscrição, que passou a custar um total de R$7,90, os streamers passaram a receber R$2,50 por inscrição, o que em porcentagem coincide com 32% do custo da inscrição. 

Portanto, não houve alteração significativa na quantia destinada aos streamers, a cada inscrição concedida por um usuário eles recebem absolutamente a mesma porcentagem do valor de inscrição. 

O acontecimento retrata o desconhecimento econômico-matemático da comunidade virtual brasileira, que se torna uma massa de manobra quando seduzida por narrativas “anticapitalistas” e “revolucionárias”. 

Afinal, endemonizar o Jeff Bezos é uma tarefa muito simples, enquanto entender 1% da estrutura financeira logística construída pelo mesmo ao longo de 30 anos em uma empresa é outra história. 

A desinformação e ignorância são virtudes apolíticas e apartidárias, que são amplamente disseminadas em meios digitais, ainda mais quando inserida em um público jovem mal instruído. 


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