A Moody’s, agência internacional de avaliação de risco de crédito, divulgou um relatório pessimista para a Argentina. A agência avalia que a Argentina continuará enfrentando forte pressão inflacionária. Além disso, a Moody’s prevê que a economia do país pode encolher 3,5% em 2023 e 2,5% em 2024. Somente depois, o país possa voltar a apresentar a um crescimento modesto em 2025.
A agência antecipa que a inflação anual acelerará para 275% no próximo ano. O movimento aconteceria à medida que um “ciclo vicioso” de expectativas desancoradas, depreciação cambial e importação de inflação se instala.
“A Argentina deverá aprofundar sua crise econômica. Já que a inação do governo para corrigir os desequilíbrios está criando um ambiente econômico cada vez mais insustentável”, afirma a Moody’s em relatório.
A estabilização da economia argentina se torna cada vez mais desafiadora e dependerá essencialmente das políticas do novo governo. Este que será eleito em 19 de novembro, com Sergio Massa e Javier Milei na disputa presidencial.
“Independentemente do resultado, a nova administração enfrentará enormes desafios para corrigir os desequilíbrios fiscais e externos que sustentam os problemas econômicos do país”, comenta a agência.
A Moody’s também avalia acerca do o aumento da taxa de juros básica da Argentina para 133% em outubro. Segundo a agência, isso indica que o Banco Central da Argentina (BCRA) está perdendo o controle da situação macroeconômica.
Apesar de o BCRA manter a taxa de câmbio do peso argentino contra o dólar relativamente estável em torno de 350, reservas cambiais líquidas negativas limitarão sua capacidade de manter essa estabilidade indefinidamente.
“Enquanto isso, uma complexa rede de controle de capitais e taxas de câmbio paralelas está incentivando um movimentado mercado paralelo para o peso e exacerbando a inflação argentina”, afirma a Moody’s no documento.
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