Os mineradores de Bitcoin estão diversificando suas operações, bem como explorando novas áreas de negócios. Isso devido ao evento do halving previsto para maio de 2024, segundo destacado por JPMorgan. O halving, evento programado no Bitcoin, ocorre a cada quatro anos e reduz a emissão de Bitcoin no mercado pela metade. Ou seja, os mineradores receberão menos bitcoins por seu trabalho.
Portanto, alguns deles estão direcionando seus serviços para outros produtos. Entre eles, a oferta de serviços de computação de alto desempenho para o mercado de Inteligência Artificial (IA).
Além disso, a crescente taxa de hash, poder computacional necessário para minerar um bitcoin, indica uma competição mais acirrada no setor de mineração.
Desse modo, para financiar essa diversificação, alguns mineradores venderam bitcoins que haviam sido recém-criados ou minerados anteriormente, conforme o banco explica. Tanto a mineração de criptomoedas quanto o desenvolvimento de IA necessitam de chips de computador avançados. Como exemplo dessa tendência, a empresa Applied Digital lançou recentemente serviços de nuvem de IA.
Excesso de GPUs
Após a transição do Ethereum de um modelo de consenso de prova de trabalho para prova de participação, houve um excesso de unidades de processamento gráfico (GPUs) disponíveis no mercado. Estas GPUs, anteriormente usadas para minerar Ethereum, agora encontram utilidade em serviços de Computação de Alto Desempenho (HPC) devido ao crescimento da IA.
Geograficamente, os mineradores de Bitcoin estão expandindo suas operações, com a Rússia se tornando um local popular devido ao seu excedente de energia e custos energéticos mais baixos. Por fim, JPMorgan antecipa desafios para os mineradores no próximo halving do Bitcoin, onde recompensas reduzidas e custos mais altos podem afetar a lucratividade, especialmente para aqueles com custos elétricos mais elevados.
Como forma de sátira, a Arthur Mining, mineradora brasileira de Bitcoin que atua nos EUA, publicou um meme em seu Instagram. A imagem mostra a empresa, representada por um homem, de mãos dadas com a mineração, mas olhando com interesse para a IA, reprentadas por duas mulheres.
Na legenda da foto: “É MEME! Nós amamos, e não deixaremos de amar, a mineração de bitcoin. Brincadeiras à parte, a computação de alto desempenho é um universo de possibilidades, e nós estamos sempre atentos para novas tendências e oportunidades de inovar”, escreve.
Quanto custa minerar 1 BTC?
Além disso, minerar Bitcoin nos Estados Unidos, onde grande parte das operações acontecem, está ficando cada vez mais caro.
Em artigo do site “CoinGecko”, intitulado “Household Electricity Costs to Mine 1 Bitcoin at Home, Around the World”, escrito por Winifred Amase, é abordado os custos de eletricidade associados à mineração de Bitcoin em diferentes países.
Segundo o estudo, um minerador solo precisa, em média, de 266.000 kilowatt-horas (kWh) de eletricidade para minerar um único Bitcoin (BTC). Este processo levaria cerca de sete anos para ser concluído, exigindo um consumo mensal de eletricidade de cerca de 143 kWh.
Desse modo, o custo médio de eletricidade para minerar 1 Bitcoin é de US$ 46,291.24. Há diferenças significativas nos custos de eletricidade entre as regiões, com a Europa tendo o custo médio mais alto de US$ 85,767.84, enquanto a Ásia tem o menor custo médio de US$ 20,635.62. Atualmente, a unidade do Bitcoin é negociada em US$ 26 mil.
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