Após anos sofrendo com a pecha de ser pouco lucrativa, ou ainda, que seu lucro se originava dos subsídios para veículos elétricos, a Tesla tem entregado resultados muito acima da concorrência.
Com custos menores, como gastos em publicidade quase nulos comparados à concorrência, além de não possuir lojas físicas para distribuir (ou dividir margem), a montadora comandada por Elon Musk tem nadado de braçada na popularização dos veículos elétricos.
O lucro por veículo vendido da empresa fechou em 2022 em US$9,574, contra US$2,150 da segunda colocada, a General Motors.
A Tesla supera com larga vantagem as maiores fabricantes do mundo, como a Toyota (US$1,197), além da Volkswagen (US$973).
Em 2022, a companhia lucrou US$12,6 bilhões, mais do que dobrando o resultado de 2021, em US$5,5 bilhões.
O total de veículos entregues por sua vez, chegou a 1,31 milhão, uma alta de 40% no ano.
Apesar dos números impressionantes, a empresa decepcionou investidores, que esperavam um crescimento de 50% ao ano, prometido pela própria empresa em seu guidance.
O resultado crescente em um ano onde seu valor de mercado chegou a cair quase 70%, pressionou os múltiplos da empresa.
A relação Preço/Lucro da montadora saiu de 1127 vezes em dezembro de 2020 para 215 vezes em dezembro de 2021, caindo novamente para 34 vezes em dezembro de 2022.
No ano, a Tesla sobe 57,22%, voltando a ser negociada em US$600 bilhões.
A alta ainda não é o suficiente para reconduzir Elon Musk ao posto de maior bilionário do planeta. Musk, que chegou a perder US$200 bilhões desde o auge, possui agora US$187 bilhões, ou US$30 bilhões a menos do que Bernard Arnault, o fundador do conglomerado de luxo LVMH.
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