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Blockchain

Entenda o GBTC, o fundo com 3% de todos os Bitcoins do mundo

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) é hoje o maior fundo 100% alocado em Bitcoin do mundo. O sucesso da empreitada é pautada pela enxurrada de investidores institucionais que compraram cotas do Trust. Foi na virada de ano que a Grayscale Investments LLC fez uma silenciosa e importante mudança. Seu fundador, Barry Silbert, foi substituído por […]

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) é hoje o maior fundo 100% alocado em Bitcoin do mundo. O sucesso da empreitada é pautada pela enxurrada de investidores institucionais que compraram cotas do Trust.

Foi na virada de ano que a Grayscale Investments LLC fez uma silenciosa e importante mudança. Seu fundador, Barry Silbert, foi substituído por Michael Sonnenshein após o melhor ano em captação da história da gestora. Sonnenshein foi diretor-gerente da empresa pelos últimos três anos.

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A mudança trouxe novos ares para a gestora responsável por criar a fórmula mágica de atração de investidores institucionais para o criptomercado. Otimista com o panorama que 2021 desenha para o Bitcoin, Sonnenshein afirmou para a Bloomberg que o tamanho das alocações tem feito a diferença no atual ciclo de alta do ativo. “Começamos a ver a entrada não apenas de Hedge Funds, mas também de outras instituições, como fundos de pensão e seguradoras”, afirmou o CEO da Grayscale.

O bom humor na gestora do Digital Currency Group (DCG) se deve ao sucesso inquestionável de seus trusts, em especial do maior deles, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC). Com operação ligeiramente atípica, o Trust funciona como um fundo de investimento passivo e 100% alocado em Bitcoin.

Seu principal diferencial é a possibilidade de comprar participações do fundo no chamado Over-The-Counter (OTC) Markets, conhecido no Brasil como Mercado de Balcão. Esse mercado secundário gera uma diferença entre o preço real do ativo custodiado pelo fundo, no caso o Bitcoin, e o preço da participação no Trust em mercados de balcão. Essa diferença de preço, quando positiva para o Trust, costuma provocar um premium.

Este premium atualmente circula por volta de 15%, no caso do GBTC. Na prática, é como se o cliente do Trust pudesse comprar uma exposição ao Bitcoin 15% mais cara do que o preço atual do ativo. Apesar de não fazer muito sentido a princípio, esses preços variam e, em um bom momento, podem multiplicar os ganhos potenciais em cima do criptoativo.

Foi com esse modelo simples que o GBTC começou a congregar investidores do mercado tradicional e do criptomercado. No entanto, foi apenas em janeiro de 2020, quando o GBTC ganhou representação regulatória frente a SEC, que o modelo realmente começou a mostrar resultados.

Apenas no ano passado, por exemplo, o fundo observou um crescimento superior a 1000% em ativos sob gestão. A cifra fica ainda mais impressionante quando observamos o que este volume representa na indústria blockchain atual. Apenas a Grayscale sozinha entesoura 3% de todos os Bitcoins minerados até o momento.

A fórmula deu certo porque, enquanto investidores tradicionais ganham exposição regulada a uma classe de ativos com fortes viés de alta nos últimos anos, grandes HODLers de Bitcoin fazem o chamado “private placements” no fundo de gestão passiva.

Exposição dos investidores institucionais

Atualmente, 35 grandes investidores tiveram que preencher os formulários 13D/G e 13F, da Securities Exchange Commission (SEC), para aplicar no GBTC. Estes investidores somados têm um total de R$14.3 bilhões em participações no Trust.

É claro que é impossível resumir todos os investidores institucionais nessa cifra, tendo em vista que a listagem em balcão já atrai parte significativa do mercado tradicional. No entanto, a lista reúne nomes importantes como a Stonebridge, Rothschild Investment, Blockfi Inc e a Three Arrows Capital.

A Three Arrows, inclusive, é o maior investidor institucional do Trust. A gestora detém mais de 6% de participação no maior fundo de Bitcoin do mundo, ou R$6.6 bilhões. Segundo Kyle Davies, co-fundador da empresa, a posição no GBTC ocorre pois oferece aos investidores uma forma simples de obter exposição ao criptoativo. “Continuamos trabalhando com a equipe da Grayscale e esperamos investir mais no ecossistema cripto”, completou Davies.

O sucesso do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) levou a gestora americana a construir outros fundos similares para demais ativos digitais, como o de Ethereum (ETHE) e Litecoin (LTCN). Mas, não apenas isso, o sucesso da Grayscale incentivou demais gestoras reguladas a procurarem produtos similares.

No Brasil, por exemplo, a QR Asset Management saiu na frente e lançou o primeiro fundo de gestão passiva 100% alocado em Bitcoin do país, o QR BTC MAX FIM IE. Sendo listado na Órama, o fundo inaugurou uma tendência no mercado de ativos digitais local, com demais gestoras lançando produtos similares.

O QR BTC MAX FIM IE, no entanto, permanece como o fundo maximalista mais barato do Brasil, sem taxas de performance e com taxa de administração de 0.9%. Considerando a dificuldade e os riscos adicionais de investir em um fundo internacional com premium, a popularidade de fundos passivos 100% Bitcoin tem crescido consideravelmente no Brasil.

Além disso, a operação do QR BTC MAX FIM IE também é ímpar no Brasil. Enquanto o fundo aplica diretamente em exchanges internacionais, os demais fundos do mercado são offshore e, por isso, carregam taxas implícitas ao investidor desavisado.

O fato é que a fórmula de um fundo de gestão passiva 100% em Bitcoin vem se mostrando uma alternativa robusta para grandes investidores institucionais ganharem exposição ao criptoativo. Enquanto no mundo o smart money começa a se posicionar em BTC, no Brasil o movimento ainda é lento. 

Enquanto a Faria Lima discute se o Ibovespa crescerá 200% do CDI em 2021, os botes salva-vidas estão cada vez mais escassos na blockchain do Bitcoin.


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