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Economia

Combate a mudanças climáticas não deve comprometer segurança energética diz Xi Jinping

Enquanto a Europa busca soluções para sua dependência de gás russo, a China reafirma que a mudança na matriz energética não pode comprometer a segurança do país.

Foi em 2006 que a China ultrapassou os EUA como o maior emissor de CO2 do planeta.

De lá pra cá, as emissões de gases relacionados ao aquecimento global têm crescido em números absolutos no país asiático, com uma queda por parte de EUA e Europa.

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Ainda assim, o gigante asiático apresenta uma desaceleração nas suas emissões, um sinal claro de ganho de produtividade. Na prática, economias mais ricas tendem a ter processos mais eficientes e “poluir menos”.

É um fator relativamente fácil de compreender olhando para a matriz energética.

Em 2011, o ano em que a China se tornou o maior produtor de energia do planeta, o país tinha 78.7% de sua energia vinda de térmicas a carvão, uma queda em relação aos 86% em 2006. Em 2019, o carvão representava 65% do total.

Trata-se de um esforço colossal, com a adição de ao menos 90 GW de capacidade instalada em fontes eólicas e solares por ano. Para efeito de comparação, o Brasil possui um parque de geração com 180 GW instalados.

Ainda assim, eólica e solar não são as únicas fontes em alta por lá. Nos próximos 15 anos a China tem projeção de construir, em média, 1 usina nuclear a cada 36 dias.

As apostas chinesas para diversificar suas fontes de geração e depender menos do carvão são variadas, mas como o ditador do país, Xi Jinping, ressalta: a busca por combater os efeitos das mudanças climáticas não deve comprometer a segurança energética.

O caso chinês chama atenção em meio a mudanças por parte da União Europeia, que tem investido para converter seu parque gerador.

No caso alemão, o investimento em fontes renováveis tem sido o mais elevado, na ordem de €600 bilhões.

Ao contrário da China, a Alemanha abriu mão de suas usinas nucleares, com meta para encerrar operações até o final de 2022.

A decisão foi um pedido do Partido Verde para apoiar Angela Merkel na coalizão de 2010.

Com tal decisão, o país passou a investir em fontes renováveis, com característica de serem intermitentes, ou seja, sua produção varia ao longo do dia e épocas do ano.

Para compensar, os alemães têm utilizado gás natural vindo da Rússia.

Ao menos 60% do gás consumido no país é vendido pela Gazprom, estatal russa.

Na prática, o país aumentou sua dependência energética de fontes internas, colocando em risco sua segurança.

O recado de Xi Jinping, acostumado a lidar com segurança nacional como uma questão de vida ou morte para o partido que comanda a China, parece não ter ecoado na maior economia europeia.

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