À medida que a vacinação evolui ao redor do mundo e a retomada econômica se torna cada vez mais próxima, o Brasil tem a chance de mostrar seu potencial com as exportações no setor primário, destacando-se a partir do aumento significativo do preço das commodities.
O aumento dos preços das commodities é ocasionado devido à demanda aquecida diante da forte retomada econômica das maiores potências do mundo, como a China e os EUA.
Esse ciclo de aumentos gradativos é chamado de superciclo das commodities, e vem sendo observado por diversas instituições financeiras em todo o mundo. O JPMorgan, divulgou em meados de fevereiro, um relatório apontando a existência de um novo superciclo de alta nas commodities, apontando especialmente no preço petróleo.
Fundamentalmente, superciclos ocorrem em períodos nos quais a demanda por commodities aumenta devido a algum fator, seja ele o crescimento ascendente de um país ou a retomada econômica após uma crise. Esse cenário pode se enquadrar na atual situação global, com a retomada econômica, a demanda que anteriormente era suprimida devido a pandemia passa a ser aliviada e grandes potências demandam cada vez mais produtos primários, aumentando o preço de mercado.
Os efeitos do superciclo já podem ser observados em alguns setores. A Vale, que havia perdido o posto de maior empresa da América Latina para o Mercado Livre, retomou a posição nesta segunda-feira (3), atingindo um valor de mercado de R$600 bilhões.
Esta marca é impulsionada pelo aumento do preço do minério de ferro, principal produto da mineradora, que atingiu o maior preço dos últimos 13 anos na segunda-feira (26), acumulando um aumento de 20,6% em 2021.
Outras commodities também apresentaram aumentos consideráveis. O petróleo tipo Brent subiu quase 30% neste ano, recuperando-se ao preço base anterior das baixas históricas do ano passado. Os aumentos observados no petróleo e no minério de ferro beneficiam diretamente a economia brasileira, que tem caráter majoritário focado na exportação de produtos primários. Sendo assim, o Brasil tem grande potencial de se beneficiar do “boom das commodities”, mas para isso, é preciso cumprir alguns requisitos básicos.
No último mês de abril o país registrou um saldo positivo de $6,4 bilhões, o segundo melhor da década. A alta das commodities, agrícolas ou minerais, também impulsionou as exportações e importações, que registraram um recorde histórico no quadrimestre.
Nos 4 primeiros meses deste ano o país exportou $54,4 Bilhões em importações.
OS REQUISITOS BASE
Para o Brasil se beneficiar deste superciclo, é necessário se sobrepor diante da concorrência, promovendo um ambiente confortável para a alocação de investimentos estrangeiros, algo que não vem sendo observado nos últimos anos com a insegurança fiscal e jurídica promovida pelos governos.
Muitos dos investidores externos vêm optando por investir em países emergentes como o México, da Europa Central e da Ásia. A falta de previsibilidade atua como fator chave nestas decisões. No cenário atual, o Brasil se identifica como um país que vem apresentando irresponsabilidade jurídica e fiscal, ocasionando uma fuga de capital investidor estrangeiro, que atua prejudicialmente para a economia brasileira.
Um país que gasta mais do que arrecada e propõe taxas excessivas nunca é atrativo para investidores estrangeiros. Embora os indicadores macroeconômicos estejam relativamente bons, com uma inflação de 3,5%, o Brasil necessita apresentar contrapartidas fiscais para manejar a dívida, que beira os 100%. Trazendo assim, segurança para os investidores, que buscam regras fiscais mais claras e rígidas.
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