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Blockchain

Bitcoin e dólar: aliados improváveis

Uma análise dos dados mostra que o Bitcoin e o dólar estão muito mais correlacionados do que se pensa.

A força do dólar impacta diretamente a performance do Bitcoin, não só recentemente, mas desde a sua criação.

Neste estudo iremos compreender o por quê e como os impactos da economia tradicional tem influenciado todo o mercado de ativos digitais, que por mais improvável que possa parecer, possuem uma correlação.

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O DXY é um índice que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas globais, abaixo podem ver a ponderação destas moedas e seus respectivos tickers.

O índice começou em 1973, logo após a dissolução do padrão ouro durante o Acordo de Bretton Woods.

A importância de medir a força do dólar é justamente pela sua capacidade de traduzir diversos indicadores econômicos em um único índice (centro de interpretação). Através disso conseguimos ver não só quão forte está a moeda norte-americana mas também o fluxo de capital no mundo.

O dólar se consagrou nos últimos 40 anos como a “reserva de valor monetário global” e por isso tem sido utilizado como refúgio para situações de desvalorização da moeda, no caso de países estrangeiros. E como meio para manter caixa frente a mercados de baixa.

Sendo assim, conseguimos captar não só a saúde econômica no mundo, mas também boa parte do fluxo de capital que está em ativos ou em dinheiro.

Recentemente, o índice de força do dólar atingiu o maior valor dos últimos 20 anos, evidenciando a quantidade de capital fora do mercado.

Num ambiente de inflação alta é mais preferível manter ativos geradores de caixa que dinheiro, entretanto, se o banco central estiver num processo de contração monetária ativos de risco como um todo são penalizados.

Mais dificuldade no acesso ao crédito, menos consumo, menor lucro.

Este tipo de efeito acaba penalizando o que é considerado pelo legacy como o “ativo de risco de maior risco”

Bitcoin tem tido uma relação de correlação inversa ao DXY, ou seja, se move maioritariamente na direção oposta a força do dólar

O dólar sobe, o BTC cai.

O dólar cai, o BTC sobe.

Este tipo de correlação tem sido mais presente durante os momentos de maior movimentação do #Bitcoin, tanto em corridas de touros quanto de ursos.

Desde o começo de 2022 (corrida urso) o coeficiente de correlação tem se mantido negativo. (Inversamente proporcional).

Neste momento podem ver acima o nível de correlação existente entre o índice de força do dólar e o Bitcoin.

Por mais que a correlação de mais curto prazo (60d) tenha reduzido um pouco, ainda vemos a correlação de 6 meses fortemente negativa.

O que significa que por mais que os movimentos diários podem ocasionalmente serem distintivos, a tendência de médio/longo prazo para ativos digitais (Bitcoin como proxy para todo o resto), a tendência central é de correlação inversa.

Para que Bitcoin volte a um novo ciclo de alta, o dólar precisa recuar

E na verdade, isto não é de hoje!

Desde 2011 conseguimos plotar esta correlação inversa entre DXY e BTC. Mas não só, também vemos correlação inversa com o Índice de Volatilidade do S&P 500, conhecido como VIX.

Aqui temos uma clareza maior sobre o movimento de alocação de capital nos últimos 10 anos. Momentos onde a volatilidade do mercado de ações aumenta = maior risco = redução da exposição, venda de posições e aquisição de dólares = força do dólar aumenta.

Com aumento do risco das operações, investidores buscam refúgio no dólar, mercado de risco fica com menos capital. Bitcoin, portanto, também com menos capital e propensão ao risco = Bear Market.

Vimos isto durante toda a existência do Bitcoin, provavelmente não terminará hoje

Desta forma, podemos concluir que Bitcoin não só tem seu preço refletindo a movimentação de capital do mundo atualmente, como na verdade sempre refletiu.

Isto não significa que Bitcoin será sempre enxergado como um ativo de risco, mas que enquanto vermos esta correlação, tanto investidores quanto especuladores precisarão compreender o mercado como um todo para compreender a movimentação de preço do BTC.

Bitcoin não transaciona no vácuo e não faz movimentos independentes de médio/longo prazo. Enxergar o cenário global é/será preciso.

Esta foi uma explicação simplificada, pois para compreender a força atual do dólar e o fluxo de capital pelo planeta é necessário entender as forças que guiam o mercado, seja inflação, política monetária ou conflitos geopolíticos.

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