Nesta quarta-feira (2), o Banco Central do Brasil anunciou um corte de 0,5 pontos percentuais na taxa básica de juros. Desse modo, levando a 13,25%, em sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Portanto, é a primeira vez em três anos que a autarquia diminui a taxa de juros.
Segundo Vitor Delduque, Economista e Diretor de Novos Negócios da MB Tokens, o corte de juros foi realizado em um contexto de inflação controlada. Além de resultado da política de metas inflacionárias adotada pelo Banco Central nos últimos períodos.
“Dados recentes apontam para uma recuperação gradual da economia brasileira, com sinais de expansão da atividade econômica, sobretudo nos setores de serviços e indústria. O setor agrícola, de extrema relevância para o Brasil, também contribui positivamente para o crescimento econômico”, explica.
Por outro lado, Delduque aponta que a retomada econômica ainda enfrenta alguns desafios, e questões geopolíticas internacionais podem impactar as exportações e a volatilidade cambial, afetando a competitividade de setores exportadores. Além disso, os gargalos estruturais, como a infraestrutura precária e a alta carga tributária, podem limitar o ritmo de crescimento econômico de longo prazo.
Impactos sobre os investimentos
O economista comenta que o corte de juros representa um estímulo aos investimentos produtivos. “A redução da taxa básica torna o custo do capital mais atrativo, incentivando empresários a realizarem investimentos em novas máquinas, tecnologias e expansão das capacidades produtivas”, diz.
Desse modo, setores mais dependentes de financiamento, como o imobiliário e o de bens duráveis, tendem a se beneficiar com a queda dos juros, visto que o crédito se torna mais acessível e com condições mais vantajosas. “Esse impulso pode ajudar a sustentar a atividade econômica em um cenário de retomada gradual”, complementa.
“Diante do atual cenário macroeconômico e das expectativas para a inflação e crescimento, o Banco Central sinaliza uma postura firme. A autoridade reafirma o compromisso em conduzir a política monetária com segurança, de modo a manter a estabilidade de preços e assegurar a recuperação econômica de forma sustentável”, diz.
Em sua opinião, com a retomada econômica ganhando tração e as pressões inflacionárias controladas, existe espaço para possíveis reduções adicionais da taxa de juros, mas em um ritmo gradual e prudente. Contudo, cabe ressaltar que a condução da política monetária não é linear e está sujeita a revisões constantes conforme o cenário evolui.
Perspectivas futuras
“Diante da conjuntura atual, há motivos para otimismo. A redução da taxa de juros deve estimular o investimento produtivo e, consequentemente, contribuir para a expansão da atividade econômica. Contudo, é fundamental que os esforços para avançar em reformas estruturais, como a tributária, sejam mantidos e aprofundados”, diz Delduque.
Além disso, ele frisa ser importante que o país siga atento aos desafios que podem comprometer o crescimento, como a questão fiscal e o controle da dívida pública. “A adoção de medidas para fomentar a produtividade e a competitividade são cruciais para sustentar um crescimento econômico duradouro.”
“Em suma, o corte de juros realizado pelo Banco Central é uma medida adequada no contexto atual, mas é necessário manter uma visão de longo prazo, buscando equilíbrio nas ações de política monetária e fiscal”, finaliza.
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