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Economia

Na briga para atrair funcionários, Amazon promete bancar faculdade e outros gastos

A Amazon anunciou que vai oferecer bolsas estudantis para os seus 750 mil funcionários horistas americanos, a medida pode custar até US $19,2 bilhões anualmente à companhia, o que equivale a 0.72 vezes o orçamento do MEC de 2020.

Com o choque da pandemia na economia mundial, o mercado de trabalho americano tem passado por interessantes transformações que estão elevando o nível de benefícios empregatícios aos trabalhadores americanos. Em especial, Amazon, Walmart e Target estão travando uma batalha incessante por mão de obra, na qual quem sai vencendo são os empregados. 

Mesmo com um grande número de ofertas disponíveis no mercado, milhões de americanos estão desempregados e não estão interessados em buscar novos empregos. Essa escassez de mão de obra que o mercado interno americano vivencia é um fenômeno resultante da extensas políticas assistencialistas exercidas durante a pandemia. 

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Em suma, durante o lockdown o governo americano disponibilizou diversos auxílios que tornaram mais lucrativo estar desempregado do que empregado. Especificamente, durante o período mais crítico da crise, cerca de 68% dos americanos ganharam mais estando desempregados do que empregados. 

O cenário que beira à irrealidade quando comparada ao mercado de trabalho brasileiro tem desabastecido supermercados e estabelecimentos, que são obrigados a reduzir seus horários de funcionamento com a falta de funcionários. Com o imbróglio gerado, só resta uma alternativa aos varejistas: batalhar entre si pelos trabalhadores aumentando substancialmente os benefícios oferecidos. 

E assim, grandes corporações como a Amazon tem levado por água abaixo o discurso de exploração, elevando e disponibilizando cada vez mais recursos para seus funcionários. 

Desde o início da pandemia, a Amazon contratou mais de 450.000 trabalhadores, oferecendo um bônus de US $3.000 dólares por contratação, visando suprir a demanda por suas entregas, que se agigantaram diante do lockdown. As vendas no ano fiscal de 2020 foram 37,6% maiores do que em 2020, como ilustra o gráfico abaixo: 

Fonte: Statista

Ao todo a empresa comandada por Bezos emprega 1,5 milhão de pessoas no mundo todo, sendo cerca de 950 mil funcionários apenas nos EUA. O salário médio inicial é de US $18 por hora, mais que o dobro do salário mínimo determinado pelo governo americano de US $7,25. 

Mas não para por aí, na semana passada a Amazon anunciou seu novo plano de cobertura de mensalidades universitárias de trabalhadores horistas, incluindo desde as mensalidades em si até taxas excedentes e livros didáticos. 

Ao todo são 750 mil funcionários americanos horistas, considerando o custo médio anual de uma universidade americana em US $25.620 (de acordo com o estudo da Value Penguin), podemos estimar que no maior dos casos (100% dos funcionários cursando uma disciplina), a medida custe aos cofres da Amazon US $19,2 bilhões anualmente.

Para dados de comparação, o orçamento do MEC no ano de 2020 foi de R$143,3 bilhões, convertendo para real o valor que pode ser despendido pela Amazon, obtém-se um total de R$103,2 bilhões. Dessa forma, a Amazon pode gastar até 0.72 vezes o orçamento do Ministério da Educação anualmente. 

A estimativa feita a grosso modo serve como ilustração para as crescentes medidas adotadas pelas companhias em busca de atrair mais funcionários. Além da Amazon, o Walmart e Target também anunciaram o financiamento de despesas estudantis para seus funcionários. 


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