O ex-engenheiro da Apple, Weibo Wang foi indicado hoje pela acusação de roubo de propriedade intelectual do “carro autônomo da Apple”. Wang teria aceito uma proposta de emprego na Jidu, uma investida da Baidu, gigante de tecnologia chinesa, 4 meses antes de deixar a Apple.
A acusação afirma que Wang teria cometido “roubo e tentativa de roubo” de propriedade intelectual da Apple. O fato ocorreu em 2018, cerca de 2 anos após Wang começar a trabalhar na Apple. Como engenheiro da companhia, Wang era um dos responsáveis por desenvolver a tecnologia de veículos autônomos. Também em 2018, Wang teria se tornado funcionário da Jidu, uma concorrente da Apple na disputa pelo carro autônomo.
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A Apple afirmou, no processo que sustenta a acusação, que Wang teria acessado a base de dados da companhia, logo antes de sua saída. Enquanto aparentava cooperar com o mandado de busca, Wang saiu dos EUA em direção a China.
A acusação pede 10 anos de prisão, ou 2 vezes o lucro obtido ou prejuízo causado.
O carro da Apple
Conhecido como “Projeto Titan”, o carro da Apple ainda é uma mera especulação, além de estudo interno. A lógica da empresa é que, ao atingir US$3 trilhões em valor de mercado, a Apple acaba sendo compelida a buscar novos mercados.
Em 2021, a Apple chegou a anunciar uma parceria com a sul-coreana Hyundai para lançar seu carro em 2024. O acordo acabou sendo encerrado, mas não sem antes levar a uma denúncia por parte de autoridades sul-coreanas. Segundo a acusação do país, as ações da Hyundai se valorizaram 21% nesse ínterim, entre o anuncio das conversas e o encerramento da parceria.
A empresa, ao que tudo indica, teria engavetado o projeto. O foco da Apple neste momento seria o desenvolvimento do Apple CarPlay. Em outras palavras, a Apple está buscando se tornar “o sistema operacional dos carros inteligentes”. A empresa compete com o Android Auto neste segmento.
A estratégia geral da Apple segue sendo se tornar um empresa de serviços. Mais conhecida pelos seus hardwares, como Mac e Iphone, a empresa quer ampliar seu valor de mercado ao apostar em comprar mais recorrentes, como compras na Apple Store, ou ainda, na utilização da ApplePay.
A receita de serviços da Apple hoje equivale a US$20,8 bilhões por trimestre, contra um faturamento global de US$92,8 bilhões.
A Apple vale hoje US$2,7 trilhões na Nasdaq.
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