Após frustrar-se nas tentativas de achar um representante legal do X, antigo Twitter, no Brasil o STF agora vai atrás de outra empresa que pertence ao Elon Musk: Starlink.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou o bloqueio das contas da empresa Starlink Holding, conforme noticou o G1 nesta quinta-feira (29). A empresa de internet via satélite também pertence ao bilionário Elon Musk.
A justificativa de Moraes se baseia na existência de um “grupo econômico de fato” sob a liderança de Musk. Desse modo, em 18 de agosto, o juiz determinou o bloqueio de todos os ativos financeiros desse grupo no Brasil. Na época, o objetivo era garantir o pagamento das multas impostas pela Justiça brasileira contra a rede X.
Vale dizer que, além de atuar na região da Amazônia, a Starlink recentemente Starlink, anunciou em sua rede social X que a empresa doou mil terminais, ou antenas, ao Rio Grande do Sul (RS) na época de pico das enchentes.
O bilionário expressou sua solidariedade ao povo do Brasil, e também comunicou que vai tornar o serviço gratuito até que o RS se recupere.
“Dadas as terríveis enchentes no Rio Grande do Sul, a Starlink doará 1.000 terminais para equipes de emergência. E tornará gratuito o uso de todos os terminais da região até que a região se recupere. Espero o melhor para o povo do Brasil”, anunciou. Na publicação, Elon Musk compartilha um vídeo de Gisele Bündchen que explica em inglês sobre a situação na região e pede por ajuda.
Contexto: Twitter tem 24 horas
Alexandre de Moraes intimou ontem Musk a apresentar o representante do X, antigo Twitter, no Brasil sob pena de derrubar a plataforma no país.
Além disso, a intimação veio a público nesta quarta-feira (28) em formato de publicação do próprio STF na rede socia de Musk. A conta do STF postou o documento em resposta a outra publicação do perfil do X que lida com questões governamentais, e Elon Musk.
Na realidade, o acontecimento data recentes postagens no X, que revelaram um campo de batalha digital. O X decidiu tomar uma posição contra o que descreveu como “ordens de censura” que Alexandre de Moraes, também conhecido como Xandão, emitiu.
Começa a fuga do X Brasil
Por fim, o movimento que ocasionou a intimação. Todos os cerca de 40 funcionários do X no Brasil encerraram suas operações dia 17 de agosto, com uma reunião de emergência online. O convite para a reunião foi enviado durante a madrugada e aqueles que conseguiram participar a tempo acabaram sendo demitidos.
Horas após o ocorrido, Elon Musk, proprietário da rede social, se pronunciou em seu perfil no X. O bilionário atribui o fechamento do escritório brasileiro às “exigências de censura” impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
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