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Economia

Jovens de hoje são iguais aos seus pais, mas sem dinheiro, diz FED

Com meros 5% da riqueza dos EUA, millenials tem sofrido para comprar bens e acumular patrimônio

Uma publicação do Fórum Econômico Mundial em 27 de dezembro de 2016 têm se tornado viral pela sua “proposta” (ou análise).

Na imagem, uma fala de uma deputada do parlamento dinamarquês ressalta “bem-vindo a 2030, não sou dono de nada, não tenho privacidade mas sou feliz!”

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Na teoria, a fala diz respeito a um mundo de economia compartilhada, onde a posse de bens como carros ou imóveis deixa de se tornar algo necessário. 

Serviços como Uber, onde o usuário paga apenas pelo uso e não precisa se preocupar com a manutenção e outros custos, se tornaram populares na década.

Da mesma maneira, empresas como Airbnb, Netflix e outros, levaram o conceito para setores bastante diversos.

Um estudo do FED, porém, apontou que as mudanças de hábito de consumo entre as gerações atual e os “boomers”, é menor do que parece.

De fato, segundo o banco central americano, a maioria dos jovens millennials (nascidos entre 1980 e 1995), tem as mesmas aspirações que seus pais sobre comprar um imóvel ou um carro, mas não possuem dinheiro.

Segundo o FED, millennials controlam cerca de 5% da riqueza americana, contra 53% dos Boomers nascidos entre 1946 e 1964.

Em teoria, essa não deveria ser uma questão tão controversa, afinal, mais velhos possuem maiores condições de acumular dinheiro, uma vez que o longo prazo é mais favorável aos retornos.

Na prática, porém, os jovens de hoje possuem uma fração de dinheiro do que seus pais possuíam na mesma idade. Em 1980, os jovens entre 20-40 anos, possuíam 21% da riqueza americana. 

O estudo do FED aponta que sob essa condição, os jovens atuais também possuem recursos aplicados no mercado financeiro. Controlam apenas 2% do valor, fazendo com que os ganhos de investimentos não compensem o baixo retorno em trabalho.

Trata-se de uma geração fortemente impactada por uma crise, como a de 2008, e que a despeito da qualificação educacional, não consegue extrair riqueza disso, também não conseguindo se beneficiar dos ventos favoráveis ao setor imobiliário e financeiro.

Não há dados do tipo no Brasil, mas o IBGE estima que por aqui 12,3 milhões de jovens “não estudam nem trabalham”. 

A taxa de desemprego entre os jovens, que está em 31%, também é um bom indicativo. 

Outro dado relevante por aqui, é o de que apenas 3% dos idosos estão entre os mais pobres da população, contra 48% das crianças na mesma situação.

A tendência apresentada por lá, que inspira “memes” sobre a dificuldade dos mais jovens em fazer algo banal para seus pais, como comprar a casa própria, tem se replicado nas últimas décadas, em especial por acontecimento de 1971.

Foi nesse ano que Richard Nixon pôs fim ao padrão ouro. 

Com tal medida, os EUA ampliaram a criação de moeda, levando a um aumento constante na inflação e descasamento entre ganhos na economia e salários, além de outras questões.

O site “o que diabos aconteceu em 1971” (WTFhappenedin1971), resume alguns pontos que mudaram radicalmente desde então. 

A origem desta mudança e seu impacto na inflação foi também a base na qual Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, uma moeda com expansão previsível, e que volta a tratar da escassez como fato relevante para gerar valor. 

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