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Economia

Financiamento de moradia popular tem queda de 51% com inflação em alta e renda em queda

Programa de moradia popular do governo federal sofre com alta no preço dos materiais de construção e renda das famílias em queda.

Chamado de “Casa Verde Amarela”, o programa de financiamento de moradia popular que substituiu o Minha Casa Minha Vida tem encontrado dificuldades para financiar novos imóveis e vê renda em queda.

Ao contrário do que poderia parecer em princípio, os recursos destinados não são o problema, mas a quantidade de pessoas dispostas a financiar um imóvel, ou que se enquadrem nas contas do programa.

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De início, em 2009, o programa chegou a financiar 920 mil imóveis, com subsídios que chegavam a R$47,5 mil por unidade.

As 5 milhões de moradias financiadas nos 5 primeiros anos, contavam ainda com subsídio advindo do FGTS, o Fundo de R$405 bilhões mantido com a contribuição de trabalhadores CLT. 

Em termos absolutos, e corrigido pelo IPCA, mostra que os subsídios do governo iniciaram em R$60,8 bilhões em 2009, valor similar aos R$65 bilhões previstos para 2022, mas com o número de moradias tendo redução significativa. Neste ano, foram previstas 410 mil moradias.

Dentro do possível, apenas 49% foi financiado até metade meta de Maio.

Para as construtoras, em especial as pequenas e médias, a grande dificuldade tem sido em compensar a alta do INCC, o Índice Nacional da Construção Civil, que subiu 14,03% em 2021.

Commodities negociadas em dólar, como aço, foram impactadas pela desvalorização do Real e alta de preços internacionais.

Na outra ponta, a renda média do trabalhador brasileiro está em queda, o que afeta a viabilidade do programa de financiamento de moradia popular. Segundo o IBGE, o valor saiu de R$2,9 mil em Agosto de 2020, para R$2,5 mil em abril de 2022.

O governo vem buscando aumentar as faixas de renda inclusas no subsídio, o que aumentaria o número de famílias inclusas e garantiria as vendas na construção civil, ainda assim, o número de contratos preocupa.

Na prática, o programa “devolve” em subsídios parte do valor arrecadado na construção, o que pode chegar até a 50% do valor do imóvel em impostos, permitindo assim que famílias de baixa renda consigam ter acesso a moradia, e mais empregos sejam gerados.

Altamente intensiva em mão de obra, a construção civil emprega ao menos 2,2 milhões de pessoas diretamente no país, e tem uma média de 18,3 empregos gerados para cada R$1 milhão em investimentos novos.

O governo aprovou em outubro do último ano um aumento de 10 a 15% nos valores financiados. Até o momento o efeito de tal medida segue sem ser sentido.

Diante do cenário, as construtoras têm buscado junto ao governo pedir que sejam usados os recursos não alocados em financiamento para aqueles já contratados, o que implicaria aumentar o subsídio, ainda que com menos moradias.

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