Desde o pico em julho de 2021, as ações do Facebook despencaram, levando a empresa criada em um dormitório de Harvard por Mark Zuckerberg, a sair de um valor de US$1 trilhão, para os atuais US$263 bilhões.
Há uma série de razões que pesam para os investidores, em uma sequência de golpes que desafia uma das empresas que se transformou em ícone da ideia de “Big Tech”, ajudando a nomear as FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google).
O aumento da concorrência, em especial da chinesa Bytedance, dona do TikTok, lidera as razões de preocupação da empresa, que graças ao app de vídeos perdeu usuários pela primeira vez em sua história.
A mudança nos rumos da economia americana, com aumento nos juros e valorização do dólar, também contribuem.
Fatores menos perceptíveis, como a mudança de regras impostas pela Apple aos usuários de IPhone, garantiram receitas cerca de US$11 bilhões a menos para o Facebook.
Mas diante de tantos problemas, um deles se tornou simbólico: a subsidiária Reality Labs.
Trata-se da empresa que pretende criar um metaverso, uma mistura entre o universo digital e o real por meio do uso de dados e gadgets como óculos de realidade virtual e realidade aumentada.
Desde o início de 2021, o Facebook, ou “Meta”, como a empresa passou a se chamar para apontar a nova direção, investiu US$15 bilhões na empreitada.
A subsidiária passou a reportar resultados no último ano, o que por sua vez escancarou resultados preocupantes para os acionistas.
A maior preocupação, claro, está no fato de que a Meta sequer explica como os recursos estão sendo gastos. Aos acionistas, a empresa reporta apenas que investiu os tais US$15 bilhões, gerando com isso um prejuízo de US$5 bilhões em 2021 (que deve crescer em 2022).
Nas últimas semanas, a “Reality Labs” anunciou duas grandes novidades.
A primeira, um headseat de realidade virtual com o preço de US$1500. Um óculos que permitirá imersão no metaverso.
A outra novidade: pernas para os avatares.
Pode parecer bobagem, mas a ausência de pernas nos avatares mostra a limitação da tecnologia.
Os óculos e sensores utilizados para imersão no metaverso possuem certa dificuldade em captar movimentos distantes do rosto e tronco dos usuários, o que por sua vez os leva a ter de realizar uma “previsão” sobre a posição das pernas e pés. Isso pode gerar situações bizarras quando, por exemplo, um usuário está sentado com as pernas embaixo da mesa.
Para superar este desafio, a empresa teve de realizar investimentos pesados em Inteligência Artificial, além de direcionar os sensores.
A Meta é, por larga vantagem, a empresa que mais investe na ideia de um metaverso, mas passa longe de ser a única.
Segundo a consultoria McKinsey, investimentos neste setor já chegam a US$120 bilhões, apenas em 2022.
A ideia é criar um mundo virtual aberto, que permita a convivência de usuários sem barreiras do mundo físico.
Segundo a consultoria, essa nova realidade pode se tornar um mercado de US$5 trilhões.
Recentemente, porém, uma outra consultoria constatou que o Descentraland, um dos principais metaversos, avaliado em US$1.3 bilhão, possuía apenas 38 usuários ativos, mostrando a dificuldade em garantir que as pessoas de fato interajam no espaço.
O desafio portanto, é um pouco maior do que apenas pernas e pés.
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