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Economia

Em 7 anos, Amazon gera 1,5 milhão de empregos, contra 259 mil do Brasil

Tido como vilão por muitos, Jeff Bezos e seu império da Amazon atualmente empregam mais de 1,3 milhão de pessoas, pagando o dobro do salário mínimo americano.

Se você tem contato com redes sociais muito provavelmente já se deparou com narrativas que condenam a acumulação de capital de indivíduos como Jeff Bezos e Elon Musk. Discursos como esses ganharam popularidade desde o início da pandemia de coronavírus, quando o mundo entrou em uma inevitável recessão econômica e os jornais estampavam novos recordes de acumulação de capital.

A lógica dos adeptos a essa tese é simples, enquanto toda classe trabalhadora sofria com os efeitos da crise, inflação e afins, os bilionários continuavam a lucrar em cima da população subordinada. Isso teria de ser resolvido com impostos crescentes e intervenção estatal no geral. 

A narrativa que soa convincente, possui apenas um ponto correto, o aumento dos patrimônios durante a pandemia. Especificamente, Bezos, Musk, Gates e Zuckerberg faturaram no total US $244,4 bilhões durante o ano de 2020, mas a causa disso é bem diferente da que eles imaginavam. 

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Na verdade, o fator responsável por alavancar o crescimento de suas fortunas foi justamente a intervenção estatal na economia, que ocasionou um fenômeno muito conhecido pela maioria dos brasileiros, a inflação. 

Desde o início da pandemia, o FED (Federal Reserve) aumentou a base monetária americana em mais de 79%, saltando de US $3,4 triilhões para US $6,1 triilhões. No Brasil, o agregado monetário cresceu em quase 50% de janeiro até novembro de 2020.

O efeito disso é simples, como a maior parte do patrimônio dos bilionários estão alocadas em ativos financeiros, como ações, títulos, imóveis e afins, eles naturalmente sofreram uma precificação à medida que o mercado foi inundado de liquidez injetada pelos bancos centrais.

Mas critérios como esse não entram na perspectiva intervencionista, visto que congressistas como a AOC (Alexandria Ocasio-Cortez) alegam que os bilionários só têm sucesso explorando trabalhadores e atacando pessoas vulneráveis e menos privilegiadas. Estampando frases como “Tax the Rich” e clamando por intervenção governamental, a populista desfilou em eventos como Met Gala (cujo ironicamente o ingresso custa US $30 mil).

Dentre os diversos erros cometidos por figuras que se colocam como “defensores da classe popular”, está o menosprezo pela produtividade econômica das iniciativas de empreendedores como Bezos.

Para ilustrar esse raciocínio, vamos comparar o império comercial da Amazon com uma economia de dimensão continental, como a do Brasil. 

Brasil vs Amazon, quem empregou mais?

Os trabalhadores atendem aos pedidos em um centro de atendimento da Amazon no Prime Day em Raleigh, NC, em 21 de junho de 2021.

Mês passado, a Amazon revelou em seu balanço o total de empregados nos Estados Unidos, estimando o número de 950.000 funcionários. A empresa comandada por Bezos paga um salário mínimo de US $15 por hora para todos os seus funcionários desde 2018, mais do que o dobro do salário mínimo federal.

Globalmente, a empresa emprega 1,5 milhão de pessoas. É o segundo maior empregador dos EUA, atrás do Walmart, que atualmente emprega cerca de 1,6 milhão de pessoas nos EUA.

Em junho de 2020, durante o ápice da pandemia, a Amazon  anunciou que pagaria US $500 milhões em bônus para funcionários da linha de frente e parceiros de entrega e também concedeu um bônus de férias de US $ 300 aos trabalhadores da linha de frente em dezembro.

Apenas em 2020 a empresa contratou impressionantes 500.000 trabalhadores para atender à crescente demanda pelas compras online durante a quarentena. No início da pandemia, a Amazon aumentou o pagamento para os trabalhadores que enfrentaram a crise do coronavírus em US $2 por hora, e dobrou o pagamento das horas extras.

Desta forma, formulamos um gráfico para ilustrar a evolução do número de empregados pela empresa de Bezos:

Fonte: Amazon RI e Statista

Somando o total de cargos gerados pela companhia, obtemos cerca de 1.546.900 empregos, agora vamos comparar o número com os dados fornecidos pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Fonte: CAGED

Como saldo total de empregados registrados pelo órgão governamental, temos 259.000 empregos gerados. Isso significa que para a economia brasileira reproduzir o feito de Bezos ela teria de gerar os mesmo 1.546.900 empregos pagando um piso salarial de R$1.753 reais para os trabalhadores, uma vez que o salário mínimo da Amazon é 59,73% superior do salário mínimo estipulado pelo Governo Americano.

Logo, quando você encontrar alguém sugestionando a ilegitimidade do patrimônio de Bezos, questione-a se ela seria capaz de articular uma ideia que geraria 1.546.900 empregos num intervalo de 7 anos.


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