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Drex: o que é, e para que serve a moeda digital brasileira?

Vale ressaltar que, diferente do PIX, que é uma tecnologia de transferência de pagamentos, o Drex trata-se de uma representação virtual da moeda nacional.

Em entrevista ao BlockTrends, Nicole Dyskant, advogada especialista em criptoativos e advisor da Fireblocks, comenta suas perspectivas para o Drex, a moeda digital brasileira. As declarações foram feitas durante um evento ocorrido nesta quarta-feira (9) em São Paulo, organizado pela empresa israelense fornecedora de infraestrutura cripto Fireblocks.

O evento “O Futuro da Movimentação do Dinheiro: Utilizando Rails Blockchain para Liquidações e Pagamentos” trouxe porta-vozes da CVM, Anbima e da Fireblocks para discutir sobre a regulação no país.

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Nicole comenta que, em relação ao Drex, a ideia do Real Digital é seguir a mesma estrutura regulatória que se aplica hoje. Nesse sentido, os mesmos termos de compulsório para os bancos, e termos de exigência de manutenção na conta de disponibilidade para as IPs. “O que eles querem é basicamente replicar a estrutura de mercado atual do mundo real para o mundo digital”, diz.

Vale ressaltar que, diferente do PIX, que é uma tecnologia de transferência de pagamentos, o Drex trata-se de uma representação virtual da moeda nacional. Apesar de usar blockchain, nos testes estão usando a Hyperledger Besu, o Drex não é uma criptomoeda. Trata-se da moeda oficial, em formato 100% virtual.

Desafios na construção do Drex

Segundo ela, o desafio não está na regulação em si, mas sim sendo testado no piloto, e como fazer a tecnologia acontecer. Isso porque, conforme lembra, ao contrário da moeda física, a Drex não pagará juros, ou seja, não terá rendimentos.

“Existem alguns desafios de como isso vai transformar a economia, com tantos casos de uso que a moeda digital vai abrir. Na parte de delivery versus payment principalmente, que é quando você paga e já recebe imediatamente em uma operação atômica, em uma mesma operação. Esse é o principal caso de uso para o Drex. A parte de pagamento a gente resolveu com PIX”, destaca.

Um dos casos de usos interessantes, apontados por Nicole, é o da eventual capacidade de futuramente comprar um token, ou mesmo um ativo não financeiro como um carro ou um imóvel, sem a necessidade da burocracia de um órgão como o Detran.

Isso devido à capacidade de programabilidade da moeda, que usará contratos inteligentes para efetuar transações automáticas entre contrapartes. Esses contratos inteligentes, quando programados, são auto-executáveis e assegurados em blockchain.

“Ainda tem também uma questão de identidade digital para ser somada a isso, para facilitar toda essa economia tokenizada”, destaca. Mas eu acho que em termos de regulação em si, o que a gente vai ter são desafios de privacidade.”

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