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Economia

Dólar cai 1,1% e chega a patamar pré-pandemia

Despencando 17% em 2022, o dólar segue em tendência de baixa e chegou ao patamar pré-pandemia de R$4,61.

Após o dólar disparar para a casa dos R$6 com as instabilidades fiscais do segundo semestre de 2021, o mercado brasileiro vive um respiro com as bolsas locais crescendo e consequentemente, com o dólar caindo para um valor de pré-pandemia.

Nesta segunda (04), o real subiu 1,1% frente ao dólar e reverteu toda a perda registrada desde o início da pandemia.

O número da vez é R$4,61, simbolizando a retomada registrada pela bolsa brasileira em 2022, que se descolou da tendência de baixa dos mercados globais e apresentou um rally de 16,7%, superando os 121 mil pontos.

Entre as razões da queda do dólar, destacamos 3 tópicos que podem te ajudar a compreender o fenômeno:

Ciclo de Commodities

Caracterizado pelo aumento generalizado das commodities, um Ciclo de Commodities ocorre em períodos nos quais a demanda por commodities aumenta devido a algum fator, seja ele o crescimento ascendente de um país ou a retomada econômica após uma crise. 

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Esse cenário se enquadra no período pós-pandêmico no qual as economias começaram a experimentar a ausência dos efeitos da COVID-19. Logo, com a retomada econômica, a demanda que anteriormente era suprimida devido a pandemia passa a ser aliviada e grandes potências demandam cada vez mais produtos primários, aumentando o preço de mercado.

O aumento dessas cotações beneficia diretamente o Brasil, que tem a maior parte de seu mercado voltado para a exportação de commodities, sendo grandes veículos de investimentos.

Alta de juros

Após experienciar a mínima histórica da taxa básica de juros de 2%, o Banco Central promoveu uma escalada do aperto monetário em busca de estabilizar a crescente inflação no país.

Com uma taxa selic de 11,75% ao ano, o Brasil tem a maior taxa de juros reais do mundo, favorecendo desde a entrada de capital referente a dívida interna até a queda do dólar, que registra seu patamar mínimo desde junho de 2020. 

Investimentos externos

Sendo traduzido pelas 2 razões listadas anteriormente, a entrada de volume estrageiro na Bolsa Brasileira tem atuado diretamente em favor da queda do dólar.

Descolando-se das demais bolsas, o Ibovespa registra uma alta de 13% no ano e o clima otimista dos estrangeiros têm custeado a festa por aqui. Somente neste ano, o investimento estrangeiro na bolsa passa dos $50 bilhões. Em suma, quanto mais dólares, maior a oferta da moeda, e quanto maior a oferta, menor o preço.

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