Os investimentos feitos pelo setor privado atingiram R$448 bilhões no segundo trimestre deste ano, número que superou os R$440 bilhões em consumo do governo.
O indicador é importante termômetro sobre a economia na medida em que maiores investimentos privados implicam em mais empregos e consequentemente em maior consumo futuro.
Ponto relevante no dado está na composição do crédito que financia o investimento. Desde as mudanças realizadas em 2017, quando da substituição da taxa de juros base utilizada em empréstimos de bancos públicos, como o BNDES.
O mercado de crédito privado vem substituindo instituições públicas no financiamento da atividade produtiva, uma prática que implica maior cobrança no resultado da alocação de capital. De forma simplificada, o investidor que financia empresas privadas por meio de instrumentos de debêntures, costuma ser mais sensível a juros do que os bancos públicos, o que força as empresas a aplicarem os recursos de forma a garantir melhor retorno.
No Brasil, a má alocação de capital tem sido um fator crucial para o baixo crescimento do país. Um estudo realizado pela FGV, aponta que se corrigidas as más alocações de capitais, o PIB per capita brasileiro poderia subir até 146%. Na China e Índia os números giram em torno de 42% e 45% respectivamente.
Este cenário torna mais relevante a realização de reformas microeconômicas, tendo em vista que a produtividade no país tem estado estagnada ao longo das últimas décadas. Agora, com uma redução do crescimento demográfico, o país se torna ainda mais dependente de crescimento da sua produtividade para gerar riqueza.
Abaixo você pode conferir a relação entre investimento privado e consumo do governo ao longo da década:
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