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Investimentos

Vale vende a 4ª maior siderúrgica do mundo por $2,2 bilhões

A mineradora deve sair totalmente da produção de aço, um setor que já levou a Vale a enfrentar brigas com o governo.

Fundada em 2008, a Companhia Siderúrgica do Pecém era uma joint venture entre a brasileira Vale do Rio Doce e as empresas sul-coreanas Posco e Dogkuk (com 20 e 30% respectivamente).

A CSP recebeu investimentos da ordem de $5,1 bilhões, ou R$10,3 bilhões em valores da época, mas desde então, não tem tido resultados satisfatórios.

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Segundo balanço publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará, a empresa apresentou uma receita de R$6 bilhões em 2020, e um lucro operacional de R$81 milhões, ante prejuízo de R$372 milhões um ano antes.

Em 31 de dezembro a empresa acumulava R$9,86 bilhões em prejuízos, considerando o elevado grau de alavancagem.

Construída em meio a uma queda de braço entre o ex-presidente da República Luís Inácio, e o presidente da Vale na época, Roger Agnelli, a empresa representava um peso para a mineradora, cuja produção de minério de ferro garantia elevadas margens de lucro.

Para Lula, o país deveria focar em produzir produtos com valor agregado mais elevado, não apenas o minério bruto. Para a Vale, a siderurgia não possuía margens atrativas, tendo em vista o elevado custo da energia no país. 

Lula venceu a queda de braço, e a Vale cedeu, apostando em ao menos 2 grandes obras de siderurgia, a CSP, com capacidade de 3 milhões de toneladas ao ano, além da CSA, Companhia Siderúrgica do Atlântico.

A CSA foi vendida pela Vale em 2016. A mineradora possuía 26,7% das ações da siderúrgica de quase $10 bilhões em investimentos. A decisão foi tomada após um prejuízo de 400 milhões de euros em 2015 por parte da CSA. Em 2020, a Thyssenkrupp repassou a siderúrgica para a Argentina Ternium.

A venda de hoje põe fim a 6 décadas de investimentos da Vale em fabricação de aço, um investimento que começou em 1962.

A decisão reforça o foco da mineradora em metais, com aposta em “não ferrosos”.

Recentemente a Vale fechou um acordo para fornecer Nickel para a montadora Tesla, de Elon Musk. A decisão mostra o esforço da empresa em não depender das flutuações no minério de ferro, que se encontra em baixa em meio a desaceleração da companhia chinesa.

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