O termo criptomoedas ainda é um atrativo para que investidores buscando grandes assimetrias de ganhos caiam nas garras de golpistas. Contudo, a ganância sendo um pecado capital poderia ser perdoada caso seja provocada por um líder religioso? Segundo esse pastor que aplicou um golpe de milionário sim.
O pastor online Eli Regalado, do Colorado, admitiu ter vendido mais de US$ 3 milhões em tokens para sua comunidade. Desse modo, alegando que “o Senhor” lhe instruiu a proporcionar aos seus fiéis um retorno de 10 vezes o valor investido.
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Regalado, fundador da INDXcoin, enfrenta acusações de fraude por comercializar uma criptomoeda considerada “sem valor”. Para a surpresa de poucos, o pregador do Deus trader confessou em um vídeo de nove minutos publicado no site oficial da INDXcoin. Desse modo, ele confirmou que as acusações contra ele e sua parceira, Kaitlin Regalado, são verdadeiras, incluindo a apropriação de US$ 1,3 milhão.
A Comissão de Valores Mobiliários do Colorado acusou o casal de se aproveitar da confiança da comunidade cristã, vendendo-lhes promessas de riqueza através da criptomoeda.
O Senhor mandou, o pastor só obedeceu. E a receita pegou sua fatia do bolo
Regalado teria mirado especificamente em comunidades cristãs em Denver, afirmando que Deus lhe disse diretamente que os investidores se tornariam ricos com a INDXcoin. Entre junho de 2022 e abril de 2023, a INDXcoin arrecadou quase US$ 3,2 milhões de mais de 300 investidores através da plataforma Kingdom Wealth Exchange, com a maior parte do dinheiro vindo da igreja online Victorious Grace Church, onde Regalado atua como pastor.
Contudo os EUA não é o Brasil, e a igreja paga imposto. Nesse sentido, metade desse dinheiro abençoado arrecadado foi destinada ao Internal Revenue Service em impostos, enquanto uma quantia significativa financiou uma reforma de casa “instruída pelo Senhor”.
Em novembro de 2023, ele encerrou a Kingdom Wealth Exchange, alegando falta de recursos financeiros para manter os servidores internos funcionando e afirmando que ele e sua parceira estavam à beira da pobreza.
Apesar de admitirem estar próximos da pobreza, a ação judicial movida contra eles alega que o casal gastou a maior parte dos US$ 1,3 milhões em odontologia estética, bolsas de luxo, motos de neve, reformas domésticas e férias de luxo.
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