Após fortes valorizações, o Nubank suspendeu as operações com a Nucoin na tarde de sábado (12). O movimento aconteceu após a criptomoeda atingir mais de 100% de valorização em 24h. O token valorizou 2.203% desde o seu lançamento no dia 1º de março.
O Nubank afirmou em nota à imprensa que suspendeu devido a uma falha técnica causada pela alta demanda de negociação. No entanto, o banco digital disse que já corrigiu o problema. A fintech é a única plataforma que negocia a criptomoeda baseada em Polygon.
“Devido à alta demanda, o app do Nu apresentou uma breve instabilidade restrita à área de Nucoin, que já foi resolvida. Os clientes que aderiram ao programa já podem acessar a área normalmente”, explica o comunicado enviado ao BlockTrends.
Problemas com a Nucoin
Contudo, na comunidade do próprio Nubank sobre o tema, os usuários ainda reclamam sobre dificuldades. Entre elas, o cancelamento de ordens de compra e venda.
“Eu peguei a 15 centavos, 1000 reais, mas a compra não foi. Comprou de novo em 17,4 centavos, esses erros desanimam, pois deixei de ganhar uns 200 reais com o primeiro erro já”, diz um usuário.
Apesar disso, os usuários que estão conseguindo vender parecem estar o fazendo. Visto que o preço da criptomoeda agora está em queda de cerca de 40%.
Vinicius Bazan, chefe de análises de criptoativos da Empiricus, comenta que enxerga a criptomoeda uma excelente ferramenta de recompensas. Contudo, como investimento não tanto. Ele explica que a alta demanda pode ser devido à novidade, mas em sua opinião, não é algo sustentável.
“Acho bacana como um programa de fidelidade, mas como investimento não vejo dessa forma. É um token de utilidade com um fornecimento gigantesco de 100 bilhões de tokens, e uma inflação muito alta. Não é escasso, ele vai ser distribuído pelas compras, recompensas e patrocinadores. Isso faz com que exista uma injeção de Nucoins no mercado muito maior que uma eventual demanda perene”, diz. “Não é um token que deveria valer o que vale. É um valor de mercado de R$ 20 bilhões”, destaca.
Giorgio Toniolo, fundador e CPO da Coinlivre, comenta que todo Utility Token, como o cashback do Grupo Pão de Açúcar ou os próprios pontos da Smiles, por exemplo, se valoriza baseados em 3 pontos, a princípio:
1 – Nas trocas entre usuários, regra de distribuição da empresa e o valor que uma oferta (quando possível)
2 – Nos benefícios que o originador gera para o token
3 – nos “giveaways”, airdrops e/ou sorteios que a empresa proporciona;
“A política de distribuição de 50 nucoins por usuário acabou derrubando o valor moeda e mesmo com as ações realizadas só postergaram o problema. Por isso, a suspensão pode ser positiva já que mostra que ela não quer causar hiperinflação do token”, diz.
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