Desde que Elon Musk assumiu o comando da rede social no final de outubro, o Twitter tem acelerado a implementação de novas ferramentas. Algumas delas ainda controversas, como o “Twitter Blue”, que permite usuários pagarem pelo selo de verificado (o que por sua vez resultou em algumas trollagens como usuários usando nomes de empresas listadas para fazer piadas).
A mais recente dessas ferramentas, porém, é a adoção de gráficos de preços em ativos como Bitcoin, Ethereum e ações.
O Twitter integrou os índices diretamente do tradingview, o que retorna aos usuários o preço dos ativos ao digitar, por exemplo, $BTC, $ETH ou $APPL (Apple).
O site incluiu ainda um link para o Robinhood, o app de corretagem.
O app tornou-se também polêmico ao criar um mecanismo que “gamefica” o investimento em ações ou cripto. Com o uso de uma linguagem acessível a geração Z, a Robinhood atingiu 15 milhões de usuários, um número equivalente a 3 vezes o total de brasileiros com investimento em bolsa.
Pela facilidade de transacionar, usuários do app estiveram no centro de casos como o da GameStop e outras “memestocks”.
A empresa foi acusada na época de lucrar com a venda de ordens de clientes, e incentivá-los a fazer em grande quantidade.
Seguindo a máxima de inúmeras empresas de tecnologia, “quando você não paga pelo produto, o produto é você”, a Robinhood vende aos market makers as ordens que seus clientes estão fazendo, de compra e venda, permitindo assim que grandes bancos possa arbitrar e lucrar com essas ordens, posicionando-se antecipadamente na direção dos clientes do app.
Apesar do resultado positivo em 2021, a empresa teve uma queda na receita em 2022, em linha com quedas de preços de empresas como Tesla, Amazon, Apple e ativos em cripto.
Tornado público pelo perfil oficial da rede social, a nova ferramenta que direciona usuários a baixarem o app da Robinhood, não tornou clara a parceria com a empresa. Não se sabe ainda qual o ganho do Twitter em promover a Robinhood.
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